"Centro de Pasto" ou Centro de Convívio?


E nquanto apologista da promoção de eventos sociais que contribuam para o bem-estar, conforto e divertimento das comunidades seniores, defendo com convicção o uso das instalações públicas para esse fim. No entanto, é preciso distinguir claramente o que é um evento social comunitário do que é um encontro familiar ou privado disfarçado de iniciativa publica.

Estamos no mês dos santos populares, época de celebrações e convívio, e na freguesia de Santa Luzia, festas não têm faltado. O atual presidente da junta tem demonstrado um entusiamo notável na organização de eventos, onde marcam presença fregueses, amigos e familiares.

Em quatro anos de mandato, não se pode dizer que a freguesia esteja carente de momentos festivos. Contudo, há que fazer comparações. O antigo presidente da junta, hoje presidente da assembleia de freguesia, adotava uma postura mais contida. Promovia convívios, sim, mas sempre com contenção de despesas. Em doze anos, consta que realizou apenas um passeio ao continente.

Já o atual presidente, em quatro anos, organizou duas ou três viagens ao território continental e uma aos Açores, um verdadeiro "Bravo" para a agência de viagens envolvida. O problema? Entre os participantes há familiares e amigos do presidente que nem sequer residem na freguesia. Utilizar instalações e recursos públicos para fins pessoais ou familiares é uma linha vermelha que não deve ser ultrapassada. Ainda mais preocupante é o silencio do atual presidente de freguesia, órgão que deveria fiscalizar a atividade do executivo. Pior: consta que nem sequer comparece às reuniões da assembleia. Perante esta situação, apela-se à Camara Municipal do Funchal (CMF) que intervenha e exerça o seu dever de fiscalização.

Os recursos da freguesia pertencem a todos os cidadãos, não podem ser tratados como se fossem de uso privado. Que se promovam festas, sim, mas com responsabilidade, equidade e respeito pelos limites da função publica.

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