Miguel Albuquerque, será que vale a pena?
S r. Miguel Albuquerque, vamos falar a sério por um minuto, ou pelo menos tentar. Está mesmo a valer a pena perder as eleições autárquicas só para manter no Governo o senhor secretário do Turismo que, digamos, não tem sido propriamente o cartão de visita que a Madeira precisava?
Já reparou que, enquanto o senhor secretário anda a colecionar polémicas e declarações incendiárias que fariam corar um torcedor de futebol, há autarcas seus a ver os votos a escapulir-se-lhes como areia entre os dedos? Pois é, a festa do turismo pode até continuar animada, mas a festa nas urnas não está tão garantida assim.
Será que segurar um nome só porque está “lá dentro” compensa o preço político que se está a pagar? Já pensou que o eleitor madeirense pode não estar a achar tanta piada assim aos “shows” parlamentares e às táticas pouco ortodoxas?
Porque, olha, às vezes é preciso escolher:
- ou se aposta numa equipa que inspire confiança para o futuro das câmaras municipais,
- ou se mantém alguém que está a transformar a comunicação política num espetáculo de stand-up involuntário.
Seria de valor uma reflexão séria, antes que o troféu que todos querem seja só um título de “quem perdeu melhor”. E aí, Sr. Presidente, vai mesmo querer levar esse prémio para casa?
No fundo, entre manter um secretário que dá que falar e perder as autarquias, pergunto eu: será que não está na hora de mexer no tabuleiro? Porque, como dizem os sábios, “não se pode esperar resultados diferentes fazendo sempre as mesmas escolhas”.
Fica o aviso, e o convite, para pensar fora da caixa. Ou melhor, fora do gabinete.
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