O que é o wokismo, afinal?


U ltimamente ouve-se muita gente a falar de "wokismo". Uns dizem que é uma coisa boa, outros dizem que é uma praga moderna. Mas afinal, o que é isso do wokismo? A palavra vem do inglês “woke”, que quer dizer "acordado" — mas não no sentido de ter saído da cama. “Acordado” aqui quer dizer estar desperto para as injustiças do mundo, atento ao racismo, ao machismo, à homofobia, à desigualdade, e a tudo o que está mal na sociedade.

Ser “woke”, no início, significava simplesmente estar consciente de que há pessoas que vivem com mais dificuldades só por causa da cor da pele, do género, da orientação sexual, ou por serem pobres. Era um alerta para se lutar contra isso.

Mas com o tempo, o termo "wokismo" começou a ser usado por muita gente (sobretudo por quem não gosta da ideia) para criticar um certo exagero: dizem que os “woke” agora querem censurar tudo, que se ofendem com qualquer piada, que querem mudar palavras, apagar livros antigos, cancelar pessoas por erros do passado.

Ou seja, o wokismo tornou-se um rótulo: para uns, é lutar por justiça e igualdade; para outros, é chatice, censura e excesso de moralismo.

A verdade está talvez no meio: é bom estarmos atentos às injustiças e respeitarmos toda a gente, mas também é preciso ter cabeça fria, saber ouvir, e não transformar tudo numa guerra.

Portanto, da próxima vez que ouvires alguém dizer “isto é wokismo”, já sabes: pode ser alguém a pedir mais respeito… ou pode ser alguém a exagerar na patrulha moral. Como tudo na vida, depende de como se usa.

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