Ahh povo enganado, São Vicente e Ribeira Brava.


Com quem se vão entender os desavindos?
Ainda por cima do PSD!

A tática é velha mas funciona sempre, porque o povo vai na onda. Quando há incerteza no resultado de um concelho, gera-se uma briga, o povo acredita, os partidários mobilizam-se para o tira teimas. O povo iludido foca-se no PSD A e no PSD B, guerra renhida. No fim cedem, cada um leva um emprego e o partido governa de novo sozinho.

No cenário político de São Vicente, observa-se uma tática que remete a estratégias políticas já vistas noutros concelhos madeirenses, como na Ribeira Brava. A essência desta manobra, usada pelo PSD, reside na criação artificial de uma disputa interna, onde se simula uma divisão entre fações do próprio partido. Esta "briga" encenada entre um suposto PSD "A" e um PSD "B" é cuidadosamente orquestrada para capturar a atenção do eleitorado, gerando um ambiente de incerteza e rivalidade intensa que mobiliza tanto apoiantes como indecisos. A oposição esfuma-se.

A eficácia desta tática assenta na forma como o povo se deixa envolver e acreditar na veracidade do conflito. A perceção de uma "guerra renhida" entre as fações do mesmo partido ilude os eleitores, que passam a focar a sua atenção nesta batalha interna, negligenciando outras propostas ou alternativas políticas. Esta polarização criada artificialmente garante que a discussão se mantenha dentro dos limites do PSD, canalizando a energia e a emoção dos votantes para uma escolha que, no fundo, já está predeterminada.

No desfecho desta peça teatral, a suposta discórdia é resolvida de forma conveniente para o partido. As fações em conflito, após uma demonstração pública de "luta", acabam por "ceder", e os seus principais intervenientes são recompensados, muitas vezes com cargos ou empregos estratégicos. Este "acordo" final permite que o PSD reassuma o controlo do concelho, governando novamente de forma coesa e, muitas vezes, sem a necessidade de coligações, provando que, apesar de antiga, esta tática continua a ser uma ferramenta poderosa para manter o poder, aproveitando a tendência do eleitorado de se deixar levar pela emoção de uma contenda bem encenada.

Quadros é fazer duas listas e a oposição à rasca para fazer uma.

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