Os tão afamados “afastados” por Bruno Melim foram realmente afastados ou, na verdade, nunca chegaram a acrescentar algo de relevante à JSD-Madeira?
P or estas bandas, há um certo culto da vitimização, com muito lambe-botismo à mistura e um sebastianismo bacoco em torno de um grupo de jovens que, alegadamente, foi afastado da estrutura (link). Mas há questões que me continuam a pairar na cabeça sempre que este tema ressurge.
Comecemos pelo jovem advogado da Ponta do Sol. Chegou a deputado por sorte do destino, e nunca se revelou. Nem dentro do Grupo Parlamentar do PSD, nem sequer entre os dois representantes da JSD na Assembleia da República. Foi, na prática, uma nulidade política. Nunca se ouviram ideias, nunca se conheceram propostas, apenas ecoava, sem rasgo próprio, o que o PSD-Madeira queria ver repetido em Lisboa. Como, aliás, todos os deputados do PSD-Madeira.
No seu concelho, pouco ou nada acrescentou. Sempre de peito cheio, em busca de protagonismo, mas nunca foi capaz de apresentar uma ideia, um plano, uma proposta concreta que beliscasse minimamente o poder de Célia Pessegueiro.
Com esse currículo (que alguns até poderão chamar de cadastro), dificilmente se esperaria um grande candidato à liderança da JSD. Para além disso, não tinha qualquer base de apoio sólida entre os militantes. Tudo o que se ouviu sobre a sua candidatura, que infelizmente nunca chegou a ver a luz do dia (sim, infelizmente, porque seria interessante perceber o real valor político destes militantes), resumia-se à ideia de que o atual presidente da JSD era um ditador.
Mas voltamos sempre ao mesmo: ideias? Um plano concreto para mudar a JSD? Nada. Um vazio gritante, envolto em indignações vagas e chavões reciclados. Muito ruído, pouco conteúdo. Tudo isto soa, no mínimo, estranho.
Quanto aos restantes, basta recuar até às candidaturas de Manuel António. Em nenhuma delas, repito, em nenhuma, este suposto “grande lote de jovens” se fez ouvir sobre o que realmente queria para a Madeira. Eram, na sua essência, especialistas do contra. Oposição por oposição, sem substância nem visão.
E agora, onde estão? Na linha da frente da luta política? A partilhar ideias? A promover debates sobre o futuro da região? Claro que não. Como já não há qualquer promessa de tacho à vista, a “luta pela mudança” desvaneceu como nevoeiro ao sol.
São estes os rostos da renovação da JSD-Madeira?
Poupem-me.
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