01/07/2025, 15:52:43
Sai da Educação o Jorge Carvalho, deixando um rasto pior que um sarcófago. Fechou escolas, cortou sem atalho, escondeu actas, e ainda sorria... como quem fez um bom trabalho. Na pasta foi mestre do desenrascanço, com discursos que iam de lado e sem balanço. Começava a falar de ensino e livros digitais, e acabava perdido entre chavões locais. Era ver o Carvalhinho a discursar: um bingo de palavras sem nunca chegar. Faltava verbo, sobrava hesitação, parecia um aluno em eterna recuperação. Mas agora, vejam só, que maravilha, decidiu trocar a secretaria pela armadilha da camara: quer ser presidente do Funchal inteiro, ele, que nem lia um parágrafo direito. Diz que tem planos, ideias mil, mas ninguém entende o seu próprio perfil. Fala de lixo e educação, mas tropeça nas frases, em plena gabação. Foi fraco gestor, alpinista social constante, mas tem ambição… Quer uma cidade mais “dinâmica e viva”, mas mal sabe ligar duas ideias. Então cuidado, pov funchalense, que a retórica dele é um imenso “depende”. Se ganhou fama, foi por omissão, e agora quer a Câmara? Não tem noção!
01/07/2025, 15:53:24 Exma. Senhora Secretária da Proteção Civil, Micaela Freitas.
Que bonito dia 1 de julho, não é? Sol a brilhar, calor de rachar, e para celebrar a autonomia da Madeira… foguetes nas serras! Nada mais apropriado do que lançar faíscas para o mato seco como quem acende uma vela numa garrafa de gasolina. Autonomia, dizem. Mas mal o fogo se levanta, lá estamos nós a pedir aviões a Espanha como quem pede açúcar ao vizinho. Se isto é autonomia… É impressionante como, ano após ano, conseguimos repetir o mesmo guião: calor + serras secas + foguetes = incêndio. E depois? Sirenes, aviões, lágrimas na televisão e aplausos aos bombeiros. Um filme já muito visto, mas que parece continuar em cartaz no verão madeirense. Não seria mais inteligente, e até mais barato, investir em reeducar a população, em limpar as serras, em proibir fogo de artifício em zonas de risco, em vez de andar a cortar bolos de aniversário pagos com dinheiro público ou a fazer visitas "solidárias" com fotógrafos atrás? A Madeira não precisa de mais cerimónias, precisa de prevenção, essa palavrinha chata que dá pouco voto, mas muito resultado. Senhora secretária, mexa-se. Faça jus ao cargo. O seu salário vem dos nossos bolsos. Proteja a ilha antes de ter que salvar o que sobrou dela. Autonomia não é só bandeirinhas e discursos, é responsabilidade. E enquanto andarmos a acender fósforos em palheiros, estamos mais próximos da dependência do que da liberdade. Com o calor de hoje, peço que leia esta carta com um copo de água ao lado, não vá ela pegar fogo.

01/07/2025, 19:04:00
Para não deixarmos cair no esquecimento essa obra-prima da desfaçatez chamada Eduardo Jesus, convém puxar pela memória, ou pelo menos pelo bom senso que ainda nos resta. Porque há figuras que não se apagam: ficam gravadas como manchas de vinho numa toalha branca. E esta mancha, em particular, merece destaque. Por isso, vamos ao que interessa. Nada melhor do que revisitarmos a gênese deste espetáculo pouco digno através das palavras certeiras (e impiedosas, como deve ser) de Luís Osório, escritor, jornalista da Antena 1 e, felizmente, alguém que ainda diz as coisas pelo nome. O texto está no link abaixo. Façam o favor de ler, que educação também passa por não esquecer o ridículo alheio. Sim, falamos do secretário regional do Turismo e Cultura, aquele que decidiu envergonhar o cargo com um à-vontade só comparável ao seu desapego à compostura. A triste figura que fez? Foi épica. E, sejamos honestos, não é todos os dias que alguém se candidata, voluntariamente, a um lugar cativo no anedotário político da Região. Não se esqueçam: o ridículo só triunfa quando a memória falha. E nós, felizmente, ainda nos lembramos.
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