A Confiança e o Livre acusaram e condenaram Câmara Municipal do Funchal, pela ação da empresa municipal Sociohabita, por alegada falta de transparência e injustiça social na atribuição de habitações. Todos os lúcidos têm a certeza absoluta de que, câmaras do PSD e o GR que construírem habitação social, farão política com elas. Vão dar aos necessitados do partido para garantir votos e não aos necessitados da Madeira, um âmbito muito mais lato e com situações de gravidades ainda maiores.
Assim nasce a injustiça e o aumento dos atritos que geram violência na Madeira. A vantagem é que o PSD assim consegue alimentar os seus resultados eleitorais para conseguir o poder, a pergunta que se põe é porque os lesados não fazem mais mossa do que os privilegiados do partido, se são em maior número? Com certeza porque a "vingança" está em não ir votar, o que basicamente significa dar a vitória ao PSD. Um presente pela atitude.
Achei a oportunidade excelente para dizer que o madeirense fala muito e age pouco, a culpa do estado a que chegou a Madeira é só dele, refinando, aqueles que acham que não indo votar estão a fazer um grande mal ao PSD.
Depois da experiência do Chega no continente, onde uma volumosa parte da abstenção votou naquele partido, e produziu efeitos, mesmo não sendo virtuoso, fico a pensar sobre como funciona a cabeça de algum eleitorado na Madeira.
É recorrente esta crítica em contextos de gestão de recursos públicos, especialmente em áreas tão sensíveis como a habitação. A habitação social é um direito fundamental e a sua gestão deve ser pautada por critérios claros, objetivos e, acima de tudo, justos, para garantir que as casas cheguem a quem realmente mais precisa, independentemente de filiações políticas ou outras influências.
O PSD tem 3000 e tal militantes pagantes, 7100 seguidores no Facebook, 62.085 votos em 255.380 inscritos, o universo dos necessitados do PSD é muito inferior aos da Madeira e o Governo/Câmaras são eleitos para servir todos. Esta prática de beneficiar os do partido por votos, se comprovada, subverte o propósito da habitação social e mina a confiança nas instituições democráticas. Mais uma vez, se o PSD ganha, é que vale a pena prevaricar. O PSD não muda, pode se acanhar por apoios para uma maioria absoluta, mas resolvida a questão segue na mesma vida. Que delícia ver os idiotas do PAN fora do Parlamento Regional e com as propostas impostas já revogadas.
Os perigos da instrumentalização política de bens essenciais como a habitação, e a necessidade de uma participação cívica consciente e eficaz para que as mudanças desejadas se concretizem são factos. Mas, quem canta hoje no Porto Moniz? E para a semana vem o rali, e depois vem... Vejam se acordam, porque dentro da própria sociedade madeirense, se existem os inimigos externos que são internos, começa a haver gente pronta a empurrar para o descalabro porque já não se aguenta com tanta xenofobia política, sectarismo, maldade, deturpação da democracia, instintos de prazer por lesar os outros, egoísmo, instrumentalização da democracia para chamar o extremismo e o radicalismo.
O partido que encareceu a habitação na Madeira, através de Miguel Albuquerque e Eduardo Jesus, para torná-la inacessível aos madeirenses, constrói habitação social, por mais que disfarcem, para o partido com dinheiros públicos.
A habitação do PRR executada pelo GR terá a mesma história!
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