H á várias semanas que o Madeira Opina tem a mesma capa no seu Facebook (link) e diz "exorbitantes, gananciosos, concertados e esquemáticos", não é novidade para quem vai ao supermercado e está atento a tantas jogadas que se fazem para levarmos menos mas deixarmos mais. Não sei se a capa era um aviso, mas o DN pegou na isca.
Sendo uma ilha, a Madeira depende fortemente do transporte marítimo e aéreo para a maioria dos bens de consumo. Estes custos adicionais de frete, manuseamento portuário e seguros são inevitavelmente refletidos no preço final dos produtos. A dependência de cadeias de abastecimento externas, por si só, já encarece os produtos. O Sousa tinha que estar presente na equação, vai ter mais dinheiro para cargueiros.
Sabemos que somos um mercado mais pequeno e isolado, em comparação com o continente europeu, significa que há menos concorrência entre os grandes distribuidores. Uma menor escala de consumo a resultar em menores volumes de importação para os retalhistas, o que reduz o seu poder negocial com os fornecedores e resulta em preços de compra mais altos. Meus senhores, quantos de nós iam de carro ao continente e quiçá a Espanha e trazia o carro a abarrotar ... de FERRY!
Com um número limitado de grandes grupos de distribuição a dominar o mercado local, têm uma maior liberdade para fixar preços mais elevados devido à falta de concorrência real. Práticas oligopolistas, onde os preços são inflacionados artificialmente. LIDL rua!
Não me digam que é dos custos de mão de obra e outros custos operacionais dos supermercados (arrendamentos, energia, etc.) os vencimentos baixo ou eventuais arrendamentos não justificam uma diferença tão acentuada.
E voltamos à situação particularmente dramática quando estes preços elevados são confrontados com vencimentos que são, na perceção de muitos, "miseráveis". O madeirense ganha pouco para a economia que Albuquerque e Eduardo Jesus implementaram! Enriqueçam-nos! Querias! Os rendimentos da população madeirense, mesmo que nominalmente iguais aos do continente, valem menos devido ao custo de vida mais elevado, especialmente no que toca aos bens essenciais. E ainda têm a lata de que os descontos do IRS dão-nos quase em certos casos mais um ordenado. Que ginástica verbal!
Caiam na real! As famílias com rendimentos mais baixos enfrentam sérias dificuldades para aceder a uma alimentação de qualidade e a outros bens básicos, aumentando o risco de pobreza e exclusão social. Os números da pobreza estão certíssimos! E não é de bebedeiras e droga!
O dinheiro turístico que entra na economia mata o madeirense, há uma tendência geral de aumento dos preços de bens e serviços, sem que isso seja acompanhado por um aumento proporcional nos salários dos residentes, os locais.
Estamos num ponto de escolher um ou outro essencial, não dá para segurar tudo.
A solução exigiria um esforço concertado para diversificar a economia, aumentar a concorrência no retalho, e implementar políticas que garantam salários mais justos e maior poder de compra para os residentes. FERRY!
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