Ou Bruno Melim impõe um jovem no Funchal ou deixa de contar.


Quando é que a organização "lucra"?

É tempo de falar com clareza: se Bruno Melim não conseguir garantir a colocação de um jovem, competente e com ambição, num lugar elegível à Câmara Municipal do Funchal, então a influência política de Bruno Melim dentro da estrutura da JSD e no xadrez político regional começa, inevitavelmente, a desvanecer-se.

O que está em causa já não é apenas a eventual candidatura de Bruno Melim. Se Bruno Melim não for nº2 ou nº3 na lista, deve simplesmente dar lugar a outro. Porque aceitar um lugar abaixo disso seria, na prática, reconhecer que o seu espaço de influência encolheu. Mais grave ainda será se Bruno Melim nem sequer conseguir fazer no Funchal o que já fez, e bem, em concelhos como Câmara de Lobos ou, mais recentemente, Santa Cruz, onde conseguiu garantir visibilidade institucional e espaço político para jovens com mérito.

O Funchal não é apenas mais um concelho, é o centro político da Madeira. E como tal, exige gente competente, com visão, com capacidade de fazer política a sério. A JSD tem esses quadros. Resta saber se Bruno Melim está disposto a enfrentá-lo com convicção e exigência, ou se vai assistir, em silêncio, à habitual imposição de nomes sem ligação ao futuro.

Este é o verdadeiro teste de liderança de Bruno Melim. O tempo das frases feitas já passou. A JSD não precisa de ser simpática, precisa de ser estratégica. E se Bruno Melim não consegue sequer garantir espaço no Funchal, então o capital político que acumulou com os bons resultados em Câmara de Lobos e Santa Cruz perde peso e significado.

Em política, quem não impõe, acaba substituído. Bruno Melim tem uma escolha clara: ou exige um lugar relevante para si ou para outro jovem qualificado da JSD no Funchal, ou deve ponderar seriamente ceder o protagonismo a quem esteja disposto a lutar com mais firmeza. A ambição, por si só, não basta, é preciso transformar capital político em posições concretas.

Se Bruno Melim falhar este combate, deixa de ser protagonista para passar a observador. E a JSD perde mais uma oportunidade de se afirmar onde mais importa.

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