Santa Cruz e a farsa da candidatura da Élia Ascensão


A política local é, muitas vezes, o espelho mais fiel das intenções reais dos partidos e das pessoas que os compõem. No caso de Santa Cruz, assistimos a uma candidatura que merece ser analisada com olhos abertos e sem medo da verdade: a candidatura de Élia Ascensão pela JPP.

É irónico — e até trágico — ver um partido que se apresenta como porta-voz das “verdades do povo” entregar-se ao jogo da conveniência, da omissão e do carreirismo político. A JPP, que teve um papel relevante na política regional, perdeu a sua força ética quando escolheu ignorar o passado e os métodos questionáveis da sua candidata em Santa Cruz.

Élia Ascensão é conhecida nos bastidores políticos por relações cruzadas com o PSD Madeira, onde — como se diz amplamente nos corredores da política — chegou a negociar e partilhar informações internas durante largos períodos. Esta não é uma alegação vaga: é um segredo mal guardado entre estruturas e quadros políticos regionais. Foi, aliás, no PSD que a sua primeira candidatura foi desenhada, antes de ser travada por decisões de cúpula e pela disputa de influência do antigo presidente da Câmara de Santa Cruz e agora deputado da Nação .

A JPP sabe disso — e mesmo assim avança com a sua candidatura. Porquê? Porque, para alguns, a política deixou de ser um espaço de serviço público para se tornar palco de vaidades e ambições pessoais.

Mais grave ainda é o histórico da candidata enquanto executiva dos funcionários públicos da autarquia, e o seu relacionamento precisamente os próprios trabalhadores da autarquia. Vários relatos descrevem práticas de assédio moral, autoritarismo e humilhações constantes, práticas que criaram um ambiente de medo e instabilidade dentro da câmara. Este não é o perfil de alguém preparado para liderar, muito menos para servir uma população inteira com empatia e competência.

A escolha de Élia Ascensão não representa renovação, nem coragem. Representa apenas a velha política disfarçada com um selo novo. Uma aposta frágil, baseada num ego desmedido, sem substância autárquica real e sem ligação autêntica ao projeto que agora diz representar.

A sua lógica de trabalho, é apenas de gestora de hotel, que aliás foi de onde ela veio, há gente muito melhor na JPP, com os ideias corretos da esquerda que o concelho precisa !

Se a JPP quer continuar a dizer “verdades”, que comece por dizer a mais básica: esta candidatura não serve Santa Cruz. Não serve os trabalhadores da câmara. E muito menos serve o povo.

Santa Cruz merece mais. Merece pessoas com visão, valores e um verdadeiro compromisso com a causa pública — não com a autopromoção. A política local deve ser feita com verdade, justiça e responsabilidade. E não com jogos de bastidores e acordos de ocasião.

Viva a liberdade, viva o 25 de Abril!

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1 Comentários

  1. A ligação da governanta de zsanta Cruz ao vereador corrupto das obras públicas no Funchal (a "Isaltina" que também põe tudo em nome dos sobrinhos) atesta o que muito bem disse o autor do texto. Onde anda a PJ?

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