Exmos. Senhores,
Gostaria de expressar uma preocupação partilhada por muitos cidadãos madeirenses relativamente à organização das festas promovidas na nossa Região.
A no após ano, verificamos que os mesmos artistas e grupos são contratados para atuar em praticamente todos os concelhos e freguesias. Esta repetição constante revela uma falta de diversidade que empobrece a oferta cultural. Esta observação não pretende desvalorizar nenhum artista – todos têm o seu valor e mérito –, mas é inegável que existem muitos outros talentos locais, de grande qualidade, que continuam sem oportunidade de subir a esses palcos.
Entendemos que as autoridades e entidades responsáveis pela organização das festas civis e religiosas têm o dever de promover uma maior pluralidade artística e de garantir o acesso equitativo aos espaços de apresentação. A cultura deve ser inclusiva e representar a riqueza humana e criativa da nossa terra.
Apelamos, assim, a uma reflexão urgente sobre esta questão. É tempo de abrir espaço a diversos nomes, apresentar alternativas ao público e assegurar que o investimento público ou comunitário em cultura e tradição seja também usado para criar oportunidades mais justas e equilibradas.
A cultura e a arte da Madeira são vastas e riquíssimas – façamos justiça à sua diversidade e ao talento dos nossos artistas.
Com os melhores cumprimentos,
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