Estou de regresso...
T anto em Itália como na Grécia, a pressão do turismo em massa tem levado a medidas para tentar controlar a afluência de visitantes, especialmente em destinos mais frágeis. Como na Madeira de Eduardo Jesus 😁
A Itália, além de Veneza, enfrenta desafios em várias outras zonas de grande popularidade. Cinque Terre é uma. Esta área costeira, Património Mundial da UNESCO, é composta por cinco pitorescas aldeias. O fluxo de visitantes é tão grande que tem prejudicado a experiência dos residentes e degradado os trilhos e a infraestrutura local. Para combater isso as autoridades limitaram o número de bilhetes diários para aceder aos trilhos entre as aldeias. No passado, houve propostas de limitar o número de visitantes que chegam por comboio, embora isso não tenha sido implementado de forma permanente. Há um esforço para promover o turismo na primavera e outono, reduzindo a pressão durante os meses de verão.
Roma: Embora seja uma cidade grande, o centro histórico de Roma sofre de overtourism, especialmente em locais icónicos como a Fonte de Trevi. As autoridades implementaram zonas de exclusão e controlo de multidões em pontos específicos para evitar a aglomeração excessiva. É proibido sentar nas escadarias da Piazza di Spagna e em outras zonas históricas. A cidade impôs multas por comportamentos considerados inadequados, como comer ou beber em locais históricos, mergulhar em fontes públicas e outros actos que desrespeitam o património.
A Grécia tem vindo a enfrentar o overtourism nalgumas das suas ilhas mais famosas, onde a procura por cruzeiros e estadias curtas tem tido um impacto significativo. Santorini, famosa pelas suas casas brancas e vistas espetaculares, é um dos principais destinos de cruzeiros do Mediterrâneo. O número de visitantes diários chegou a ser insustentável. Nem burros nem teleférico vazava, as baleeiras locais para cruzeiros também não. As autoridades de Santorini impuseram um limite ao número de passageiros de cruzeiros que podem desembarcar por dia (cerca de 8.000). O objetivo é gerir o fluxo de pessoas e evitar que a infraestrutura da ilha colapse. Um cruzeiro do gigantes quase abarca esta quantidade no total, se levarmos em conta alguma tripulação. Houve tentativas de regulamentar o arrendamento de curta duração (Airbnb), para proteger o mercado imobiliário local.
Tal como Santorini, Mykonos também se debate com o turismo de massas e as suas consequências, como o aumento do lixo e a pressão sobre os recursos hídricos e energéticos. A ilha tem promovido a consciencialização ambiental entre turistas e residentes, incentivando práticas mais sustentáveis e a proteção das suas praias e paisagens naturais.
Em ambos os países, o grande desafio é conciliar a importância económica do turismo com a necessidade de preservar o património cultural e a qualidade de vida dos residentes. As medidas implementadas são uma forma de tentar encontrar esse equilíbrio. Na Madeira acresce a natureza.
1 Comentários
Aqui na Madeira não vai haver controlo. E sabem porque? Eu explico: onde é que o grupo AFA tem investido ultimamente? Prontos, está explicado
ResponderEliminarAgradecemos a sua participação. Volte sempre.