PPM, silêncio é ouro… mas atacar para aparecer é outra coisa.

 

O PPM decidiu pedir ação penal contra Francisco Gomes, deputado do CHEGA, por “alegadas ofensas” ao comandante da PSP Madeira. Reparem bem: alegadas. Não provadas, não julgadas, não confirmadas. Mas já transformadas em arma política, manchete e tentativa de assassínio de reputação.

Francisco Gomes é conhecido por não medir palavras quando fala de segurança pública e por denunciar o que muitos preferem esconder.

E é exatamente isso que incomoda: um deputado que não se cala, que enfrenta interesses instalados e que não tem medo de dizer o que pensa — mesmo que isso choque os “sensíveis” do sistema.

O mais curioso é ver o PPM, partido com expressão quase microscópica no eleitorado, aparecer apenas quando há uma oportunidade para apontar o dedo ao CHEGA. É a velha estratégia: se não há palco, cria-se uma polémica para arranjar microfone.

A liberdade de expressão não pode ser condicionada por quem se sente ofendido ao primeiro sopro. E muito menos pode ser usada como ferramenta para calar a oposição.

O que o PPM parece não perceber é que, numa democracia saudável, críticas — até as mais duras — são parte do jogo político.

Francisco Gomes não precisa que o defendam por simpatia partidária, mas sim por princípio. Porque hoje é ele, amanhã pode ser qualquer um de nós.

Se cada palavra que desagrada a um comandante, ministro ou presidente virar caso de polícia, passamos de uma democracia para um estado policial de opinião.

Portanto, senhores do PPM: a política faz-se com ideias e propostas, não com perseguições judiciais para tentar calar adversários.

E se o vosso objetivo era intimidar Francisco Gomes, falharam redondamente — porque, gostem ou não, ele vai continuar a falar.