Sempre a plantar insegurança. ⭐️


Link da Notícia

N o nosso aeroporto há restrições para aterrar depois de uma certa intensidade de vento ou conjunção de factores, pelo risco e pelos limites dos aviões. Se não fosse a decisão não estar na Madeira já o tinham abolido pela arrogância do Quero, Mando e Posso. Nas nossas vias rápidas circulam a qualquer hora cisternas de gás do Caniçal até à Vitória, porque aqui sim Quero, Mando e Posso, a anulou do projecto inicial um pontão de descarga junto à Gaslink. Na Madeira, porque Quero, Mando e Posso, aboliu-se a restrição de atracação de navios de carga no Caniçal até 141mt, porque Quero, Mando e Posso, justo depois do episódio do Lobo Marinho no Porto do Funchal. A conclusão é que o homem desafia a sorte e as regras em tempos de alterações climáticas.

A limitação anterior, e a recente discussão sobre a alteração da restrição de navios até 141mt, tem origem em restrições técnicas e regulamentares do Porto do Caniçal, que foram estudadas, não são capricho de ninguém. Depois da campanha do Sousa no seu Diário, a mudança foi impulsionada pela necessidade económica de receber navios maiores. São efeitos da massificação do turismo. Pela segunda vez, o Sousa faz a sua lei, só quem não respeita é a natureza.

A restrição anterior a navios de maiores dimensões (mencionada em notícias como sendo de cerca de 130 metros, embora por vezes aponte para 141 metros em alguns contextos operacionais específicos) estava ligada a vários fatores:

Existiam normas no regulamento portuário do Caniçal que definiam as dimensões máximas permitidas para a atracagem em certas zonas do porto, como o Cais Norte. Regulamento Portuário.

Condições técnicas e de manobra, a capacidade do porto estava limitada por questões como o espaço disponível para os navios de grande porte manobrarem em segurança e atracarem no cais. Digam-me o que mudou?

Embora o Cais Norte tenha um bom comprimento (420 metros), a capacidade de acostagem e o calado impõem restrições. Profundidade e Calado.

As regras foram estabelecidas com base nas condições de segurança e infraestrutura existentes no cais para a classe de navios que tipicamente escalavam o porto de mercadorias. Que como sabem continuam os mesmos e não vai mudar.

A mudança, como sempre acompanhada pelas caixas de ressonância do domínio dos DDT, foi impulsionada pela necessidade de receber navios porta-contentores maiores para o abastecimento da ilha. Empresas e a Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF) alertando que os navios de carga que servem a Região têm contentores destinados à Madeira que não conseguem transportar totalmente devido ao limite de capacidade dos navios que podem atracar. Isto gera constrangimentos no abastecimento e custos adicionais.

A solução não foi aumentar a frequência mas juntar a gânancia ao possível por um DDT Quero, Mando, Posso, abolir as regras.

Desde meados de 2025 que o Governo Regional tem vindo a estudar a possibilidade de receber navios maiores (acima dos 130 metros) no Cais Norte do Caniçal. Estudo rápido... Foi encomendado à Escola Náutica Infante D. Henrique para avaliar, com dados técnicos, se o cais tem efetivamente capacidade para receber embarcações de maior dimensão com segurança. Concluíram o contrário do primeiro estudo aquando da construção. Como os navios não são a jacto, algo mudou... Conhecemos como são os estudos para a Madeira, na "Estrada" das Ginjas foi a mulher de um Unesco que fez o estudo à medida, os casais também sabem fazer jogo para ganhar dinheiro... Os gananciosos compram culpados para se proteger, tal como o produto jornalístico é da responsabilidade dos jornalistas.

O Secretário Regional da Economia, o tal amigo de escola e promotor da negociata lesiva para a ALRAM com o "lojão", afirmou publicamente que, para que navios maiores possam atracar, seria necessário alterar o regulamento portuário do Porto do Caniçal, além de garantir as condições técnicas e a decisão política. Ele que não domina economia e tem um tacho político agora percebe de mar.

O "decreto", a alteração regulamentar e a abolição da segurança foi feita pela Autoridade Portuária (APRAM) com sede na algibeira do Sousa e isento Governo Regional da Madeira, após a conclusão e validação do estudo técnico, para aumentar o limite de comprimento dos navios que podem atracar, respondendo assim às necessidades do mercado...

Era bom que todas as asneiras aconteçam nos mandatos de quem tudo faz para criar o acidente. Se o Porto do Caniçal ficar bloqueado por um episódio como o do Lobo Marinho vou voltar a ver mercadorias no Porto de Cruzeiros.

Nesta conjuntura, porque não se mudam os limites impostos à concorrência de ferries de outros armadores para fazerem o serviço ferry Madeira - Continente? Nesse caso nem é manobra do ferry mas de manobra do DDT do Quero, Mando e Posso com um Governo sodomizado. O DDT do Quero, Mando e Posso tem muita teoria para os outros... o dele é sempre viável.

*

A notícia:

Barcos com até 141 metros de comprimento autorizados a atracar no Caniçal
Andreia Dias 07 out 2025 22:00

O Governo Regional, através de Conselho de Governo, decidiu autorizar, a título transitório, que os barcos com até 141 metros de comprimento possam atracar no cais norte do porto do Caniçal.

A resolução foi publicada no Jornal Oficial da Região (JORAM) esta segunda-feira, dia 6 de Outubro, assinado pelo presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque.

O documento em questão reconhece uma necessária alteração ao Regulamento de Exploração dos Portos da Madeira, por forma a permitir “a título transitório e pelo período máximo de um ano a atracação de navios no cais norte do porto do Caniçal que tenham até 141 metros de comprimento e no cais sul, até 23,2 metros de boca, desde que possuam caraterísticas técnicas que permitam manobras de acostagem e desacostagem em condições de segurança, devendo a medida ser revista no final do período transitório da sua vigência ou antes, caso se reúnam as condições que o permitam”.

Além disso, indica que quaisquer riscos associados à operação são da responsabilidade do armador.

O executivo madeirense justifica esta alteração com a evolução da procura de transporte marítimo para a Região Autónoma da Madeira, que “tem vindo a superar a capacidade disponível das embarcações actualmente em serviço”.

Essa é uma situação que acaba por acarretar atrasos na chegada de carga “com impacto no normal abastecimento de bens essenciais e no funcionamento das empresas madeirenses”.

Por outro lado, o porto do Caniçal encontra-se com obras em curso, ao que se acrescenta a aproximação da época natalícia e o consequente aumento, num curto prazo, de um aumento do volume de mercadorias a transportar para a Região.

Tal como o DIÁRIO já havia avançado em Junho, o Governo Regional reconhecia a necessidade de se perceber a capacidade para este porto acolher navios de maior dimensão e, por isso, encomendou um estudo. O porto do Caniçal conta com o seu cais norte com 420 metros de comprimento de acostagem de navios, podendo atracar até dois navios de 150 metros e ainda ‘sobram’ 120 metros de folga.

Já em Setembro foi a vez da ACIF requerer uma intervenção do Governo Regional, alertando para os constrangimentos no porto do Caniçal, dado o “aumento estrutural da procura” e o “o défice da capacidade da Região em recepcionar toda a carga com destino à ilha”.

António Jardim Fernandes referia-se a um inquérito feito pela ACIF que dava conta das dificuldades que os empresários estavam a enfrentar para reposição do stock dos seus produtos. “O porto tem capacidade para a atracação de navios maiores, até porque os navios actuais usam tecnologia que permite operar com muito maior segurança”, admitia o presidente da ACIF.