Caos e desentendimentos


O s partidos da oposição ficam com medo de dizer umas verdades em plenário sobre a governação, para não perder votos, é difícil a solução para gregos e troianos e assim continuamos, o erro está nos precedentes abertos e a ganância incutida. Temos excesso de carros na nossa rede viária e nas localidades. Temos um salve-se quem puder, má condução, hesitante, contra as regras, em esquemas para estacionar, temos segundas filas com desrespeito pelos que param bem e os que circulam. Temos acidentes sem fim, gente encarcerada, capotada, etc, todos os dias, qualquer dia... à hora.

É preciso apelar urgente à consciência, chega de excesso de carros! Não vieram da elevação da qualidade de vida do madeirense, vieram do excesso de turistas um aproveitamento para o espaço que fica e não para substituir os madeirenses. Temos de travar esta loucura, as nossas estradas, já de si desafiantes pela orografia, estão sobrecarregadas, transformando as deslocações diárias num pesadelo. Elas não esticam, ninguém vai pensar em ampliar.

Estamos no salve-se quem puder. O desrespeito pelas regras é a norma, não a exceção, gerando stress e conflitos constantes. Não podemos continuar a hipotecar a qualidade de vida dos residentes e a segurança das nossas estradas em nome de um crescimento desmedido.

É fundamental que as autoridades considerem seriamente a limitação da entrada e circulação de viaturas de aluguer, especialmente em períodos de pico turístico. Temos de investir de forma maciça em transportes públicos eficientes, abrangentes e a preços acessíveis, é a única alternativa sustentável. Se são muitos é possível desenhar uma solução viável e sustentável para o ambiente e a economia.

É preciso desenvolver mais estacionamentos de interface (nos arredores dos centros urbanos) com ligação rápida ao centro, incentivando a que se deixe o carro de lado.

O apelo ao bom senso é, na verdade, um grito de socorro. Todos veem o caos. A Madeira é uma ilha lindíssima, mas a nossa mobilidade está em colapso, e a nossa segurança está em risco. É tempo de a classe política, empresários e a sociedade civil se unirem para dar prioridade à qualidade de vida e à segurança de quem cá vive e nos visita, em detrimento do lucro fácil e irrefletido com todos a assobiar para o lado. Tudo começa com o afastamento de quem começou a loucura sem estudos.

Só resta a página dos anónimos para dizer umas verdades. Tudo começa com o afastamento de quem começou a loucura sem estudos.