Desgoverno, ruína e ilegalidades: a crise da DRI


A Direção Regional de Informática vive hoje num estado de clara desgovernação. A recente abertura de concursos públicos (BEP Madeira), feitos à medida para cunhas e lançados sem respeito pelos prazos legais mínimos, revela um padrão preocupante de desprezo pela legalidade e pelos princípios básicos da administração pública.

Esta atuação não é isolada. A gestão do SIADAP pela atual Direção reforça a perceção de opacidade, ausência de critérios objetivos e falta da transparência mínima exigida. Um sistema que deveria garantir mérito e justiça tornou-se fonte de desconfiança, favorecimento e desmotivação generalizada.

Ao fim de mais de seis meses no cargo, o Diretor Regional, César Rosa, evidencia não só a falta de visão estratégica, mas também a fragilidade na liderança ou até a ausência de liderança. O "deixar andar" não é solução. Envolvido numa bolha cor-de-rosa criada pelos seus diretores de serviço (dirigentes agarrados ao poder como polvos) parece refém de interesses instalados e afastado da realidade da casa. A influência de alegados “falsos profetas da cibersegurança” apenas agrava a ausência de rumo.

Não foi por acaso que Cristina Pedra lhe retirou a confiança. A Direção Regional de Informática segue um caminho de irrelevância sustentado por ilegalidades toleradas, desorganização e uma liderança incapaz de se afirmar. Talvez o futuro desta instituição esteja mesmo ao lado, junto à GESBA.

Talvez quando os “pirilampos azuis” chegarem àquela casa para averiguar os projetos PRR o Diretor finalmente acorde. Mas, nessa altura, poderá já ser tarde demais.

Quando a lei é tratada como detalhe e a incompetência como norma, quem perde é o serviço público e, inevitavelmente, os cidadãos.