F icou por explicar, como sempre, o retorno para 99% dos madeirenses. Uns poucos ganham com a expropriação dos terrenos (cheira-me, pelo que se diz por aí, que muitos, na Ponta do Pargo e no Faial, são "amigos do sistema"), outros ganham com a exploração do campo, ainda outros (o tal 1%, com dinheiro para investir e enriquecer ainda mais) com a exploração de alojamentos e hotéis velhos e novos...Então o que fica, Sr. Miguel de Sousa? O crescimento económico que o seu arqui-inimigo JMR tanto apregoa? Para onde vai esse crescimento? E o crescimento do PIB? Está nos nossos bolsos e no aumento da nossa qualidade de vida? NÃO! E ainda, a pergunta mais incómoda de todas: vamos, todos nós com os nossos impostos, pagar a construção de um campo de golfe, com todos os custos associados, para depois entregá-lo a privados? É assim que se gere o erário publico? A falta que faz uma Margaret Thatcher, em Portugal e na Madeira...
Portanto, deixe de tratar-nos como tontinhos, à semelhança dos seus amigos no GR, com histórias da carochinha. A política deixou de ser a discussão dos problemas para bem do povo e passou a ser a procura de soluções para satisfazer os interesses de grupos económicos.
Enquanto isso, os madeirenses vão poder passear nas imediações dos campos de golfe da ponta do pargo e do faial, e ver ao longe os turistas endinheirados a usufruir deste “desporto”. Mas depois, logo para casa, porque os preços dos restaurantes subiram tanto que é incomportável para nós, pés-rapados, fazer uma refeição em família que não ultrapasse os 100€, peanuts para os golfistas e políticos/empresários madeirenses (sim, eles acumulam funções…). Entretanto, todos os preços acompanharão este progresso, mas o nosso poder de compra não. Simultaneamente, os serviços públicos, incluindo saúde, eletricidade, água, salubridade, transito, etc, etc, etc, serão sobrecarregados devido ao influxo de turistas e trabalhadores importados e vão-se degradando porque não foram considerados “estratégicos”, aquando dos vários orçamentos regionais. Mas não importa, porque a privatização da saúde está em curso, e quem tem dinheiro (os políticos que aprovam os investimentos, e os empresários que se aproveitam do erário publico, e às vezes ambos) terá meios para aceder aos melhores cuidados, à melhor justiça, à melhor educação, …
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