P assam o ano a serem maldosos com todos, de forma dissimulada, e de repente festejam não sei o quê. Dizem que as pessoas inteligentes são menos convivas, mais esquivas, porque não compactuam, o seu silêncio evita o desmoronar de uma época com muitos cinismos. Altura em que uma boa maioria decide ser boazinha para depois em Janeiro regressar ao mesmo. É como a dieta prometida... Um bom "malandro" é bom conviva, para arrastar a asa e ser atractivo, é o seu trunfo, os que mais valor têm passam ao lado. Ainda bem que há bons malandros para aguentar o arraial.
Depois da violência verbal que nos isola, chega um outro tipo de campanha eleitoral vocacionada em usar o religioso para a festa pagã, de muito maior interesse, sobretudo comercial e de limpeza de consciência. Querem acabar bem o ano, simulando o virtuoso no purgatório.
A violência verbal isola-nos, é uma estratégia de afastamento para criar o ambiente do parentelismo, favorecimento, apadrinhamento, afilhadismo, significa que só uma parte conta, ignoramos o todo e o bem comum, o leque de escolha, desperdiçamos gente valorosa que quando vence lá fora é usada como ícone para provar um valor colectivo local. Um embuste. Eles partiram porque não havia lugar, futuro, reconhecimento, justiça e muito menos respeito. Tudo é usado para uma narrativa cínica, de parecer mas nunca, nunca ser. É cómico a Madeira ser o centro do mundo superlativo mas precisar de gente de sucesso real, no exterior, para justificar a pândega e incompetência local, por ausência de competição que concretizaria a selecção natural.
Recebemos dinheiro para produzir pobres, e se não bastasse, mantendo-os na ignorância manipulável, com medo de tudo... e eles beijam a mão dos carrascos em gratidão. A democracia na Madeira é propriedade de meia dúzia, que estupidifica a sociedade pelos meios de comunicação e que torna, por comodismo, a ignorância num valor a preservar, porque permite manipular com tretas. A festas são uma alegria, tempos de distracção, os ignorantes dão menos maçada.
Muitos ferem com palavras para destruir uma formiga com uma bomba atómica, a perfeita ineficiência que demonstra a maldade de destruir, mais do que a formiga, toda a sociedade e o futuro por décadas. Diz-se muita coisa porque os ignorantes desconhecem o significado profundo do que se diz por falta de percepção, por falta de leitura e de conhecimento do passado e da história, falta de conceitos básicos por terem assimilado comportamentos de "sucesso", como sendo normais, em 40 anos. Tudo isto acontece porque há demasiados sabotadores da sociedade que só pensam em si para se tornarem vencedores. Gente que menor que nada leva para o caixão em vez de deixar uma sociedade melhor e com futuro.
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 06 de Dezembro de 2021
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