As "companhias" e os aviões

 

P or estes dias o vento não é novidade, mas a permanência do mesmo por vários dias sim é e, por natural consequência, a inoperacionalidade chega ao nosso aeroporto. O Correio da Madeira é o único lugar virtual desta "Autonomia" onde se pode falar à vontade. Venho falar de evolução? Retrocesso? Ainda não se pode afirmar mas pode-se aflorar o assunto.

Repararem nisto, tínhamos uma operação regular com "aviões tipo" e inoperacionalidades pontuais antes da pandemia. Depois com "fecha aeroporto" e por contingências da pandemia e de outros governos, deixamos de ter voos e turismo. Aos poucos fomos reabrindo, o turismo era pouco e a medo mas com companhias loucas por arrancar. Os meios foram adequados com aviões com menos lugares. Aviões com menos custos fixos e para a procura que havia. Estamos a tentar crescer e bom seria a situação antes da Covid.

Paralelamente, temos o estado de reestruturação de muitas companhias aéreas que abateram aviões mais antigos ou aqueles que geram mais despesa. Por agora, ainda é tudo muito incerto, sobretudo nas frequências, destinos e equipamentos, o que coloca a Madeira ainda menos competitiva quando se junta os preços e a inoperacionalidade. Está a surgir um pequeno pormenor na nossa TAP, é a única que pode trocar dois aviões de médio curso por um de longo curso para, na mesma operação, escoar os passageiros retidos, o problema é quando também esse não consegue aterrar. Aviões maiores no nosso aeroporto tem novo busílis com mau tempo. O problema que se põe é que o Governo Regional não tem resposta com um adequado Plano de Contingência para os aviões mais comuns no nosso aeroporto e ainda menos para os longo curso para escoar passageiros, o que faz que a solução milagrosa e torne num inferno maior e regressam a Lisboa. Porto Santo não tem resposta. Estou a dizer que não resolvemos um problema a tempo e horas e está a surgir outro! Portanto, estamos a multiplicar as camadas de apeados da inoperacionalidade. Sem governo nesta matéria vai sair caro.

Não sou capaz de perceber como se dá soluções sem contar com a opinião das companhias aéreas e isso acontece, porque o secretário da tutela não quer reuniões de compromisso, porque não tem dinheiro para além de propaganda, más apostas da APM, Madeiqas, jornais, etc. Voltando ao novo problema dos aviões de longo curso para escoar passageiros na Madeira, estamos próximos de uma nova realidade e mais problemas. A TAP, o seu silêncio, se deixar bumbo da festa e ficar na moderação verbal é uma coisa, agora se relacionar com a Ryanair, terroristas aéreos de linguagem similar ao GR e sem soluções... será um calvário. O líder da Ryanair é mais louco do que o GR todo e se abre a boca desterra o destino de ouro em dois tempos. Acreditem que é um indivíduo difícil de se lidar. Se conhecem o "apoio" que a Ryanair dá aos seus passageiros apeados e juntarem à inoperacionalidade do nosso aeroporto, a inércia governativa e aos dias contínuos de vento, prevê-se imensos descontentes com o destino Madeira. E garanto-vos que, apesar dos linguarudos que temos na Madeira, nada se vai comparar com os clientes azedos nas redes sociais.

O problema da nova realidade da Ryanair é que são companhia para exigir a alteração dos limites do nosso aeroporto, porque são comerciantes, e a culpa ficará com o piloto e, se este der muita despesa, o contrato não é renovado.

Ter um plano e uma estratégia é saber que cada passo dado mantém o que está bem e conquistado, por forma a que as novas apostas (incógnitas) não afugentem o que estava maduro e fiável. Quando não se tem uma política de turismo e de encaixe na estratégia, temos a alegria de mais destinos, voos e companhias, que em conjunto implodem o destino.

Enviado por Denúncia Anónima.
Terça-feira, 22 de Fevereiro de 2022
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