Estas coisas da democracia


M iguel Albuquerque é um alvo privilegiado do CM, mas houve aqui um texto que dá que pensar: respeitem o Sr. Presidente do Governo Regional. Os comentários caíram em cima do autor o que é natural e normal. Mas há duas coisas que esse autor escreveu que importam esclarecer. Primeiro, ele não disse para respeitar o indivíduo Miguel Albuquerque, mas a figura institucional que esse indivíduo representa. O indivíduo tem muitos defeitos, certo. E podemos estar aqui a rir deles abundantemente. Mas a questão não é essa, é a figura institucional que ele representa. 

O segundo ponto, é que o autor não explicou muito bem porque temos de respeitar a figura institucional do Presidente do Governo Regional. 

Há aqui dois pontos, em primeiro lugar o Presidente representa a Madeira no exterior, no continente e no estrangeiro. O prestígio dele é também o nosso prestígio. Aliás, a reputação de um madeirense acaba por se reflectir na reputação de todos os madeirenses. Vejam o Tolentino ou o Herberto Hélder. Por todo o país são respeitados, admirados e citados. O prestígio deles também é o nosso. E podem ver como as comunidades portuguesas preocupam-se com o prestígio dos seus, um caso de violência pode afectar a reputação de toda a comunidade. E é por isso que os portugueses são tão respeitados na França ou no Reino Unido.

Mas há outro ponto, se querem que o Miguel Albuquerque resolva problemas como o ferry, a toxicodependência ou seja o que for ele precisa da autoridade do povo. Ele tem de ter essa força. Caso contrário, como vai fazer frente a grupos económicos com milhares de funcionários e milhões de recursos? O indivíduo Miguel Albuquerque por si só não tem força, mas a figura institucional pode ter. Estamos muitas vezes no caminho errado, atacamos o indivíduo, enfraquecendo a sua posição e depois exigimos força? Não faz sentido. É tudo ao contrário. Ele é um indivíduo e tem de pensar na sua vida. Ele só pode agir se tiver autoridade, força e reputação asseguradas.

O CM fez bem em publicar esse texto. E o seu autor escreveu o que sentiu. O JPP já percebeu esta dinâmica é por isso que não abusa do jogo político do bota abaixo. Prefere negociar o que é possível sem abdicar do seu compromisso com o povo e com os seus valores.

Comentário CM: a regra é publicar o que chega, os requisitos mínimos não são exigentes. Os principais governantes são naturalmente os mais visados.
Enviado por Denúncia Anónima.
Sexta-feira, 7 de Outubro de 2022
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