O ntem (segunda-feira), numa inusitada declaração depois da Comissão Política do PS, Sérgio Gonçalves brindou os madeirenses com mais um número fascinante da sua inteligência política superior: atirar sobre o JPP.
Na verdade, a tática mais uma vez não é nova. Foi introduzida pelo grande estratega Iglésias, o novo homem das criptomoedas, quando há uns meses dedicou a sua última intervenção ao assunto na ALRAM, antes de rumar à AR.
Deixo igualmente uma pequena nota para o papel desempenhado pelo JPP, que também não conseguiu resistir a fazer uma campanha de mal dizer contra o PS e os seus candidatos, sem um programa consistente, e sem preparação para umas eleições legislativas, e onde mais uma vez falhou os seus objetivos, iludidos sabe-se lá com quê. É um projeto autárquico em Santa Cruz, até ver, com reduzido valor eleitoral nos restantes concelhos. Esperemos que em 2023 não sejam a nova bengala do PSD. Repito: esperamos que em 2023 o JPP não seja a bengala do PSD! Os madeirenses estarão bem atentos. (link)
Bem vistas as coisas, afinal foi Iglésias o primeiro a assumir que o PSD vai ganhar em 2023 e por isso já anda à procura de novas bengalas, pelo que resta aos outros partidos brigarem pelo segundo lugar.
Passando à frente, depois da entrevista de Élvio Sousa, Sérgio decide agora seguir pelo mesmo caminho e entreter-se a atacar o JPP. Diz Sérgio que "ao contrário de outros partidos que dizem que é inevitável o PSD ganhar eleições e que só querem ser segundos, nós queremos efetivamente afirmar-nos como alternativa". E o que faz então Sérgio para derrotar o PSD? Ataca o JPP! Está visto que no caminho para as eleições regionais de 2023 vamos ter mais do mesmo, com os partidos da oposição a brigarem entre si, em vez de atacarem o PSD. É que isso já é trabalho que chegue para alguém que, até agora, a única coisa que conseguiu foi dizer aos madeirenses que Calado estava certo ao acabar com a derrama e que o PSD tem razão quando diz que nunca promoveu monopólios na Madeira. Esperemos que não seja esse o conceito de Sérgio de uma Madeira melhor: voltar a entregá-la a uma governação de maioria absoluta do PSD, porque é para lá que caminha.
Ou então, com o PS "mais preparado do que estávamos em 2019", para o ano vão surpreender e eleger mais deputados ainda. Nesse caso, nada de preocupações para quem procura um lugar ao sol: sem JPP, governar, governar!
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