A ligação aérea com Caracas

 


A tão desejada ligação aérea entre Caracas e a Madeira encalhou como castigo a Miguel Albuquerque. Eu explico. O JM até foi correto a explicar o que se passa, isentando o Paulo Cafôfo neste caso de qualquer fiasco direto. A situação não se desata com a EuroAtlantic porque é preciso dizer-se, as companhias aéreas tiveram durante muito tempo dinheiro preso na Venezuela e não querem voltar a passar pelo mesmo, de maneira que agora é dinheiro à frente, na totalidade ou em parte, o que significa que pelo menos custeie a operação, para que cada voo não se reflita no balanço negativo da companhia aérea. Está no seu direito.

Contudo, eu tenho uma pergunta, se nenhum passageiro viaja a crédito, pressuponho, a menos que use o cartão de crédito, mas fica completamente pago a quem fornece o serviço, este negócio é de dinheiro à cabeça, ou seja, comprado antecipadamente a agência de viagem ou quem organiza. A agência tem como cumprir as exigências da companhia aérea. Estou errado? Não compreendo assim que as agências não tenham liquidez, agora que não tenham chegado a acordo é outra coisa. E porque não há um seguro de crédito emitido em favor da companhia? Facilita a negociação para haver outra flexibilidade. Julgo que falta partes a esta história, caso a rota seja de facto rentável com aviões cheios.

Penso que a negociação que está em curso diz respeito ao que chamam de ACMI – Wet Leasing onde a companhia aérea, neste caso a EuroAtlantic, fornece o avião com a tripulação, custos de manutenção incluídos e seguro parcial. Do outro lado, da agência de viagens que organiza os voos, está o combustível, apólice de seguro para os passageiros e suas malas ou carga, o handling completo, o custo das licenças de sobrevoo, o catering, as licenças de aterragem nos aeroportos e ainda, eventualmente, o alojamento para as tripulações. A companhia sabe que no negócio não tem imponderáveis, eles estão todos do lado de quem explora.

Mas aqui há outro pormenor, e Miguel Albuquerque que se foi fazer de poderoso à Venezuela orbitando em área do Governo da República? Agora vai sacudir a água do capote? O seu governo não pode passar um aval como tantas vezes passou a empresários do PSD no passado para viabilizar a operação? Claro que não, Miguel Albuquerque para uma ligação marítima Madeira - Continente, em ferry que "não era viável", nunca se chegou à frente, só para 3 meses no Verão das eleições, tinha piada fazer o mesmo aos luso-descendentes para começarem a provar a peça. Mas bem, com o ferry antes criou problemas, ele e Alberto João, agora para uma ligação aérea Caracas - Madeira, no seu interesse e sendo "viável", não há maneira de acertar uma condição de pagamento?! Senhor Miguel Albuquerque, você também viajou até ao Curaçau e prometeu maior proximidade, porque é que o mesmo avião não faz escala naquela ilha, vai cumprir só meia promessa ou nenhuma? É que, a páginas tantas, roda mais soluções financeiras naquela ilha...

Se há situação que muitos madeirenses estão à espera é da contradição, da dualidade e do deslize, vamos Albuquerque, chegue-se à frente, olhe os votos...

Enviado por Denúncia Anónima.
Terça-feira, 1 de Novembro de 2022
Todos os elementos enviados pelo autor.

Adere à nossa Página do Facebook (onde cai as publicações do site)
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira
Adere ao grupo Opina Madeira no Whatsapp: link

Enviar um comentário

0 Comentários