Elites


T emos umas elites muito mal habituadas, anos e anos, alguns ... décadas, sem um reparo de crítica social, uma contraposição, alguém que possa contra-argumentar sem um represália e que por isso são vencedores. Não só a política carece de alternância porque o que vemos são famílias completas de gente "extraordinária" à sombra do erário público e conexos, das reminiscências descendências. Extraordinários são aqueles que vencem lá fora sozinhos, jogados aos lobos e à concorrência.

A Madeira é vista de três maneiras desde o continente, um lugar onde "ninguém vai preso" numa expressão a propósito de acontecerem situações incríveis e ninguém toma responsabilidade (eu nem quero qualificar o quê). O segredo é se manter, apesar de toda a crítica e o chão a ceder, porque eles vão se calar e eu fico. Com o vencimento mas descredibilizado na pessoa e na função. Há consequências. Depois existe a ideia de que somos mal educados, porque quando chegamos à disputa verbal descemos à vulgaridade com as nossas elites. Na bola é certo num intocável, mas também pelos nossos políticos no seu vai e vem de humores e objetivos. Agora abrandou mais porque ninguém nos ligava, mas conseguiram ser mal educados com todos, até as principais figuras do país. Eu creio que, se houver uma eleição que mude isto de vez, veremos uma alegria igual à de "Bolsonaro" despachado. Mas existe mais, na área empresarial, por conta de protecionismos, empresas banidas, monopólios, preferências e esquemas em concursos, ajustes, blindagens, criamos um gueto de empresas que cada vez mais têm de ganhar tudo para aguentar os gigantes com pés de barro. Estes fazem-nos empobrecer de braço dado com o governo, são patos bravos à margem de todas as regras e leis, em contornos legais. De tal forma que entre eles já há uns com medo dos outros pela loucura ... imagina-se o que não sabemos para que os privilegiados achem que alguns vão longe demais.

Há ainda uma quarta categoria de elite, a vaidade e o ego tolda-lhes a cabeça, andam como bailarinas nas pontas dos dedos, tudo o que tocam transforma-se em ouro, as palavras são de seda, o problema é que etiqueta e protocolos nem vê-los, é por aí que vemos a fragilidade do verniz. Se lhes derem uns "copos" aviam mais depressa. Há muita categoria reprimida e a falta dela projetada. Normalmente esta gente alimenta a mediocridade com irrelevâncias.

Assim vai a nossa Madeira, olha-se, está tudo errado e nada funciona, mas estamos em festa, somos os maiores do mundo numa ilha isolada. Tanto fogo a celebrar pobres.

Enviado por Denúncia Anónima.
Sábado, 19 de Novembro de 2022
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