Assessoria esgota jornalistas


H á dias um diretor de jornal dava conta da falta de jornalistas, eu ri-me porque não sabia em que sentido interpretar, mas disse mais, que em todas as profissões faltavam profissionais, para que no santo jornalismo se generalizasse no problema. Eu procurava o denominador comum do problema e perceber o que oferecem.

Onde andam os funcionários? Vivem todos de regalias sociais como gostam de fazer passar? É a face visível da debandada geral que houve após a Covid com a emigração, gente que mudou de vida e eu acho que ainda não acabou. Aquela paragem tornou as pessoas piores e mais exigentes. Não toleram ser espezinhadas.

O que faz um jornalista hoje em dia? Procura fait divers nas redes sociais para que o seu jornal tenha pageviews? Foge das notícias e apoia os clientes pagantes que por acaso são governantes? Bajula o patrão? Faz publi-reportagens da construção, do hotel, das imobiliárias, até da doca seca ao pormenor e enfia como notícia? Uma pessoa nova com ideais para a carreira mete-se num buraco como a Madeira? Talvez, se já vierem com o bico doce de que vão ser assessores, o topo da carreira. Mas lembrem-se que será sempre um emprego de confiança política que dura com o poder eleito. Bem sei que na Madeira não é risco nenhum.  É verdade que como assessor se pode ganhar 3 a 4 vezes mais do que pagam por fora no jornalismo ao mês, um ano vale por 9 a 12? Mas então você não é jornalista, desses que sonham com o Pulitzer.

Qual o aliciante de ser jornalista na Madeira ao ponto que trouxeram isto? E reparem que querem "candidatos a jornalista", não jornalistas, gente barata, quem sabe o que a casa gasta percebe que vão penar a escrever sem condições, ... depois queixam-se. É impossível exercer a profissão de jornalista na Madeira, desgraçaram a profissão! E se você, que não quer ser "jornalista" mas ter só a oportunidade e proximidade de adulação e submissão, um servilismo com a recompensa para técnico especialista como os anteriores, tire o cavalinho da chuva.

Enfermeiros, professores, funcionários de hotelaria e bares, empregados da construção, é transversal às profissões emigram ... os jornalistas... cada vez que vão para assessores (link) mostram às pessoas e futuros jornalistas a credibilidade que tem a comunicação social na Madeira! Destruíram uma profissão!

Tenho a certeza absoluta que se um jornalista credenciado se apresentasse em resposta ao jornal, para escrever as verdades neste filão que se chama Madeira, assim tipo o Tolentino Nóbrega antigamente, que despachavam por excesso de qualificações e que não podiam pagar ... como quem diz, arriscar.

Enviado por Denúncia Anónima.
Segunda-feira, 9 de Janeiro de 2023
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