Os ardilosos jornalistas


A pesar de tudo tenho respeito pelos jornalistas, e apesar de entender que os quadros são curtos para ir a todas, talvez devam fazer como noutras profissões onde criam prioridades sobre a importância das coisas e o que falhar são as menos importantes. Há lugares onde isto não é possível e tudo é importante, fica a ressalva. Mais do que a desculpa fácil é preciso demonstrar aplicação para obter condições para exercer o que é importante, caso contrário é uma justificação cínica.

Não gostei de ler uma vez mais as justificações, e até o enfado, de um jornalista a insinuar que não há tempo para uma política menor de partidos que só aparecem para as eleições. Caro jornalista, nem todos nadam em dinheiro para fazer política com dinheiros públicos, alguns nem conseguem ser profissionais da política. Mas têm pensamento. Justamente porque há eleições, é prioritário dar um pouco mais de atenção a todos e tratar de derivar jornalistas para a cobertura das eleições. O jornalista deve pensar que é um quarto poder anexo aos pilares da democracia e que cumpre informar sobre todos, caso contrário, a sua redação não passa de um bando de serviçais do patrão que deseja que um partido ganhe para continuar a ser, sem eleição, o Presidente do Governo efetivo enquanto o outro faz de executivo em seu favor.

Um grande hoteleiro da nossa terra (está aqui) disse em entrevista de décadas de negócio e de vida que tinha muito medo das aspirações e caprichos do lobi do betão. Portanto, creio que mesmo dentro da chamada "máfia" há lucidez, não é compatível turismo com a agressão betoneira da paisagem. No entanto, o jornalista ao limitar a política dá-lhe razão porque o betão está no jornalismo.

A nossa democracia está doente e controlada, os Oligarcas DDT controlam o Partido Social Democrata e o CDS no poder, mas também estimam que só os partidos que recebem os seus apoios para campanha eleitoral ganhem, onde tiverem influência, até deputados vindos dos seus grupos. Tudo serve para controlar o governo (a administração e executivo regional.), o parlamento, as associações que vigiam o dinheiro disponível. Naturalmente chegaram à comunicação social e à expressão pateta e mal intencionada de jornalistas que fingem independência e não passam de dependentes em busca de estado de graça.

Quando esse jornalista dispara com enfado sobre a quantidade de "gente menor" na democracia, está a massificar a política nos mesmos, está a gerar maiorias absolutas, a excluir por falta de informação ao eleitorado do que outros partidos pensam mas não se coíbe de confundir Mediaram e Publicidade com informação. É porque se repararem bem, quando se paga para ter as notícias também se está a ocupar o quadro de jornalistas com tretas e não com a informação que importa. Por isso é que, com ainda mais evidência, os órgãos nacionais de comunicação social estão a envergonhar os regionais porque sim trazem temas fraturantes e da "pocilga Madeira". A Madeira é chamada à informação nacional  pelo grau de gravidade do que nela ocorre mas os jornalistas de região nada veem.

Quando um jornalista da nossa terra fala com desprezo e enfado, mostra bem que por ele limpava metade da "tralha" política para se dedicar a estar em graça com patrões, oligarcas e governo, para ainda confinar mais a democracia aos interesses de sempre.

Quando são tão ardilosos a dar uma no cravo e outra na ferradura, para simular independência, depois cortam pela raiz a pluralidade e permitem a narrativa única ou a crítica sem efeitos práticos. Em vez de enfado, deveria estar a organizar a sua redação para desempenhar corretamente a cobertura das Regionais, numa altura que precisamos de mudar e nem todos se vendem, onde a quantidade de pobres cresce, a Madeira voltou à emigração, estamos no "inferno" demográfico e tudo isto está só para os mesmos, na depravação governativa, na bolha, no crime e na droga ... tudo isto tem uma raiz! Manietados para esconder os verdadeiros resultados da máfia.

As manifestações do jornalista disse muito e a crédito que o sectarismo vai aumentar no jornalismo assim que forem mais apertados perante as dificuldades. Na Madeira não há corrupção, incompatibilidades, compadrio, concursos e pareceres mafiados e por aí adiante ... ainda virão mais vergonhas da comunicação social do continente. Estão a ser espalmados e ultrapassados, não há como disfarçar.

Enviado por Denúncia Anónima.
Sábado, 21 de Janeiro de 2023
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