V ivemos tempos meios estranhos dentro do meio artístico e cultural na região. É o Calado a criar um monstro ao dar poder à Senhora que comanda o departamento da cultura, mas só favorece a quem consegue manipular e comprar. Sou Social Democrata, mas não é desta estirpe que se apresenta.
Ando calado, e atento. Até porque tenho a plena noção de que no meu partido há gente de bem e com boas intenções . Estou boquiaberto com algumas coisas que estão a acontecer e outras que tomei conhecimento. Acho incompreensível o calote de 114€ que a Junta de Freguesia de São Martinho quer dar a 7 músicos. Para mim homem já vivido nesta área da música, acho inacreditável esta situação, pedi os e-mails enviados entre as partes, e antes de assinar a petição que está a ser partilhada pela autora (com a qual não simpatizo mas admiro o trabalho e a persistência em fazer algo pela arte e cultura desta ilha ingrata, sem ter de resumir tudo à elite, aliás é das poucas pessoas que conheço que lhes faz frente sem pensar se fica ou não com apoios) constatei que em nenhuma comunicação houve algo a dizer que não apoiavam o pagamento destes Artistas. Parece coisa de pequeno que quer ser manhoso para ter respeito por parte dos colegas do partido que representa (mas que a mim não representam) mas só se enterra. Sujar-se por 800€??? Houve também uns espertalhões que falam como se fossem imaculados.
Quantos músicos e outros artistas ( como eu) andam por aí a tocar sem qualquer tipo de notícias via e-mail e têm tudo arranjado por telefone? Todos! Ou quase todos. Recentemente, através de amigo, tive conhecimento de que a Associação das Indústrias Criativas (da qual fazem parte nomes como Bruno Melim e Lino Abreu) presidida por um senhor chamado Sérgio Nóbrega, está a dever dinheiro desde o Funchal Week a inúmeras pessoas. O que me deixa intrigado é que foram dinheiros públicos a ser usados, e mesmo assim não se paga as pessoas que deram suor a cumprir o seu trabalho, mas no entanto não recebem. Ora bem, sem querer ir muita lá para trás, e porque conheço pessoalmente 3 lesados, há pessoas que ainda não receberam desta mesma Associação das Indústrias Criativas, por trabalhos prestados em 2021 e agora 2022. Entretanto, este mesmo amigo, deu conhecimento de que recebeu deste senhor Sérgio Nóbrega, mas porque pediu adiantado. Era bom haver uma fiscalização e pedir provas de trabalho associativo, eu sou radical nestas coisas de utilização de dinheiro público. Gostava de ver o plano de atividades de algumas associações que por aí andam. Eu sou músico, não vou fazer uma associação para poder tocar, ou apenas e somente para organizar Cimeiras ou Festivais fazendo papel de empresa organizadora de eventos. Para onde caminhamos com esta política de concentrar tudo em associações e aniquilar os artistas, não sei, mas preocupa-me o caminho que se segue e haver quem utilize dinheiro público e ainda fique a dever ou porque acha que não tem de pagar ou porque usou o dinheiro para outras coisas além do que foi destinado.
E já agora, as associações que receberam aos 300.000 e aos 400.000 para usar em dois anos, vão buscar mais dinheiro público ao saco da Secretaria Regional do Turismo e Cultura ou de autarquias?
Isto ainda agora começou e se houver quem tenha coragem de denunciar tudo o que se passa na área da cultura e da arte, que vão rolar cabeças.
Quero aqui deixar uma palavra de apreço e força à autora da petição contra a Junta de freguesia de São Martinho, e que se faça Justiça, porque pela palavra popular, o presidente deveria pagar já com juros. E se houvessem mais pessoas como esta mulher andava tudo em linha!
(Só é pena ser de esquerda)
Enviado por Denúncia Anónima.
Quarta-feira, 1 de Fevereiro de 2023
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