O Diário de Domingo


O Diário ao fazer fé naqueles que precisam de se salvar, promover ou ajeitar assuntos, é um fake news dissimulado ao abrigo do Mediaram. O Domingo é escolhido como o culminar dos destaque da semana para finalizar as "boas ideias" que devem ficar para todo o sempre, a brincar ou a sério. Mas também para ajustes de contas e pontos finais na imagem que o poder dita como necessário e definitivo, porque não tem pachorra de prosseguir e porque há mais objetivos. O Diário é uma composição de interesses do mesmo lado, quando o poder está em risco unem-se, quando folga atacam-se. É o poder dentro do poder.

O Domingo é do bezerro e da bezerra, ou bezerros e das bezerras, dos proprietários, das maiores latas do fingimento, das linhas mestras da campanha eleitoral, da Madeira idílica e a alimentar a alienação (*) do povo, qual página de Facebook de uma Madeira sempre em festa dos proprietários das empresas que torturam com ruído o descanso mas que surgem como grandes senhores. Já não é preciso idoneidade para escrever, só fingimento e lata.

O Domingo serve para recuperar gente mal vista, para recuperar a contenda dos gangues do PSD com os proprietários a gerir a agenda política para MAMAR mais e mais. São cancros da Madeira mas saem-se bem com uma oposição miserável. O povo pobre deve adorá-los por isso, do tipo rouba mas finge bem, por isso estão perdoados e até elogiados em vez de se ajudar na investigação sobre eles. Que vergonha. Se durante décadas nunca tiveram uma façanha de Pulitzer não é agora que vão ter.

O Domingo é dos destacados que ainda estão homologados para escrever num Diário partidário, devem no máximo ter entregue uma cópia de identificação para ser fidedigno mas que depois aparecem com textos mal amanhados... Até os destaques dos mais e menos da semana deram lugar a uma pequena nota para que ninguém se sinta ofendido, como se o Diário estivesse em campanha eleitoral, eu entendo como fragilizado. Nas pequenas coisas se nota a transformação em jornal partidário.

O Diário é hoje em dia o brinquedo novo do PSD, o mais desejado, julgam que manterá sempre a sua influência mas de tão aselhas passaram um Ferrari para um Fiat. Aparecer em grande agora no DN-M é próprio de gente mal cotada que a propaganda ajuda.

O Domingo deveria ser o ponto da situação da semana, o culminar de bom e mau, agora é só um momento alto da propaganda de manipulação. Não vimos o Diário tocar no escândalo que decorre na vertente Funchal da Ribeira dos Socorridos (link), o que o seu proprietário faz para ter dinheiro para sustentar jornais que, segundo ele, fazem perder dinheiro ... mas não larga.

Neste Domingo, o Diário poderia colocar um trabalho sobre as perseguições políticas que existem na Função Pública e às empresas e partidos que "molestam" os seus proprietários. Mas nenhum outro apresenta, é a imagem clara da subjugação do jornalismo às necessidades pessoais dos jornalistas. O jornalismo na Madeira não é livre. O Diário poderia dar o resultado final do rapaz da Frente Mar (link), resultado do seu intocável bezerro de ouro, mas seria uma rifa a quem ousasse. Poderia ter gozado da afronta à inteligência de um cais de proteção aos tsunamis (link) e perguntar se o resto da ilha é paisagem, graças a Deus apareceu o Star Wars.

Por mais vendidos que os profissionais vendidos da informação se tenham tornado, não acredito que nenhum deles tenha mão nesta puerilidade jornalística, são autómatos a tratar os leitores como bestas que não alcançam nada, sob o alto engenho de uns idiotas que só têm dinheiro e poder para perverter tudo.

Eu lia esta semana que o ódio provindo da injustiça está a aumentar, fruto do egoísmo, quando hoje terminei o folhear do Diário, eu que sei me conter, senti o mesmo. O Diário não tem a idoneidade de outros tempos, mas é a comparação do antes e do depois que radicaliza as pessoas, porque o Diário deixou de ser válvula de escape para moderar uns e outros, passou a ser a mensagem a vingar, quer queiram, quer não. Não há propaganda nem esquemas mentais que o DN-M faça para recuperar, caiu no poço e de lá não sai, agora só quando houver limpeza nesta Madeira da corrupção que passa ao lado do jornalismo que se alimenta dele.

O mais interessante é perceber que a oposição, usada e enxovalhada em todo o lado para nunca crescer, é mais tema do que todo este enorme monstro omnipresente, é mais notícia para "matar", dia a dia, na agenda mediática. Alguns dos seus mais destacados líderes ao não entenderem que se metem no plano inclinado, que só permite a crítica até um certo ponto generalista, lato e que nada atinge cada um dos seres votantes, torna-os figurantes do pluralismo. Ainda há tão pouco tempo houve casos de perseguição e eliminação de pessoas da oposição da palavra pública, por fugirem do standard homologado para a oposição que dá jeito ao poder e conquistar mais uma maioria absoluta. Não se viu solidariedade. A oposição perde sempre e ainda não percebeu a rotura que deve fazer, mesmo sendo esquema repetido a tentação do ego é superior.

O Diário, de Domingo ou de qualquer dia da semana é exatamente uma Comissão de Inquérito, doseada e com conclusões finais definidas. E os ingleses é que não prestavam, tivéssemos o jornalismo e imprensa anglo-saxónica, em vez desta coisa de jornalistas vendidos da comunicação social do poder.

(*) Alienação nas Ciências sociais, é um conceito que designa indivíduos que estão alheios a si próprios ou a outrem tornando-se escravos de atividades ou instituições humanas, devido a questões econômicas, sociais ou ideológicas.

Enviado por Denúncia Anónima.
Domingo, 12 de Março de 2023
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