E sta crise que aí vem é pior que a Troika a todos os níveis. Devíamos ter um Governo Regional da Madeira a educar e a incentivar os madeirenses para as poupanças, mas assistimos completamente ao contrário, incentivando e instigando ao despesismo em borgas, festas e arraiais, com forte relevo para a vida noturna fora de controlo com actos de violência que nas notícias quase todos os dias assistimos, devido ao consumo de álcool e drogas sintéticas; para agravar estamos perante um ramo com pouca ou nenhuma monitorização destas actividades económicas e como todos sabemos mais suscetível à fuga de impostos quando esta indústria devia ser taxada para o patamar mais alto. A regulamentação desta indústria ajudava e muito a combater a subida de impostos por exemplo.
Acabamos de sair de uma pandemia que aumentou os lucros das empresas para lucros astronómicos como nunca se tinha visto desde 1950 à custa do empobrecimento das classes trabalhadoras mais baixas, que agora não conseguem pagar as rendas e créditos bancários altíssimos. O lucro das grandes empresas nunca se traduziu em melhores condições de trabalho nem aumento de ordenados ao nível do aumento da inflação.
Entretanto, entramos numa guerra onde muitas empresas aproveitaram para aumentar os preços de muitos produtos essenciais que nem tinham qualquer relação com a guerra.
Os abusos económicos não pararam na Ilha da Madeira e só pioraram com a crise imobiliária onde o capital fresco estrangeiro, com a desculpa dos Vistos Gold, ajudou o aumento de preços do valor das propriedades para compra ou em regime de arrendamento.
Enquanto isto os nossos governantes ávidos por dinheiro fácil em que até o próprio Governo Regional vende ao desbarato edifícios históricos a sociedades duvidosas criadas uma ou duas semanas antes de se concretizarem as vendas de imóveis públicos e já nem falamos de uma educação de qualidade para aumentar produtividade, pois tudo aqui está instrumentalizado, pelos baixos preços de produção agrícola, baixos ordenados e consequente qualidade de vida dos madeirenses.
Em paralelo, aumentar a fiscalização para o abuso de preços, nada foi feito. Os nossos governantes falharam e não se prevê nenhuma mudança no modus operandi. Quem vai sofrer são os mais pobres e a classe trabalhadora novamente.
O que assistimos pelos nossos governantes e oposição madeirense com assento parlamentar na Assembleia Regional, foi um incentivo ao despesismo em borgas e coisas fúteis como podem observar em muitas das inaugurações do Presidente da Câmara do Funchal e do Presidente do Governo Regional e neste esquema de empobrecimento, nem faltou o Presidente da Câmara de Santa Cruz que até já começa a inaugurar tascas de sidra junto com o Presidente Miguel Albuquerque como vimos na comunicação social regional nestes últimos dias.
O PPM recomenda a toda a população madeirense a poupança mesmo sabendo que não é fácil nos dias de hoje, mas podemos todos começar pelas coisas fúteis da vida. Relembramos que ao consumir em coisas fúteis, estamos a dar sinais aos bancos centrais para continuar o aumento das taxas de juros.
Este aumento das taxas de juro vai trazer mais desemprego e disparidade social, aumentando o fosso entre ricos e pobres. Caminhamos a passos largos para aniquilar a classe média trabalhadora madeirense que não vai aguentar este golpe fatal devido à pouca diversidade económica, educação de pouca qualidade e tecido produtivo sem nenhum valor acrescentado para economia global. Só vemos uma economia de “compadrio” que vai levar o Madeirense para uma pobreza nunca antes vista.
O PPM vê o futuro da Ilha da Madeira com uma enorme preocupação e sem solução a vista destes fracos protagonistas: Governo e oposição que tem assento na Assembleia regional da Madeira.
A coordenação do PPM Madeira.
Enviado por Denúncia Anónima.
Quinta-feira, 02 de Março de 2023
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