PTP: hospitalização domiciliária, real ou marketing?

Comunicado do PTP

O PTP expressa a sua satisfação pela criação no SESARAM da unidade designada por hospitalização domiciliária. No entanto, o partido alerta para que este esforço não venha a ser uma mera operação de marketing na saúde. O PTP considera que o SESARAM DOMICÍLIOS, pelo que foi apresentado na comunicação social, apresenta falhas estratégicas graves.

Que pretende o SESARAM? Uma unidade a sério com capacidade de mobilidade clínica, para promover altas precoces, com uma continuidade da figura de internado, em casa, alargada onde sejam contemplados todos os seus clientes, incluídos os cirúrgicos, ou apenas pretende, implementar um novo serviço, com uma nova direção clínica, apenas para doentes seniores do sector da medicina interna, em suma, se pretende internar em casa após uma alta precoce ou se pretende, também, internar em casa, a partir do seu serviço de urgência, consulta externa e hospitais de dia?

Ficamos a aguardar para ver os seus efeitos práticos, mas pelo apresentado e a logística implementada, carece de maior investimento e planeamento estratégico.

Primeiro, em termos da capacidade de mobilidade, os meios apresentados são paupérrimos, em termos de equipamento e equipes, e as que se deslocam nas 24 horas, em especial de Enfermeiros e Assistentes operacionais. Ficamos convictos, na peça apresentada, que lhes falta conteúdo em competências funcionais específicas.

A capacidade das equipas para acorrer a situações urgentes, uma Equipa de dois elementos de Enfermagem de Apoio Prioritário (EEAP); a par da existência de Equipas de Enfermagem para Apoio Domiciliário constituídas por um Enfermeiro e um Assistente Operacional, com a capacidade autônoma de mobilidade em veículo adaptado para o efeito desejado.

Em termos de "REDE", como será a participação colaborativa, nuclear, entre outras estruturas na saúde e do social, assim como a eventual participação do poder local, das IPSSs ou ficam apenas pelo cuidador informal?

Em termos estratégicos, a logística, o planeamento colaborativo de outras unidades, assim como a partilha da informação irá fluir, atendendo também à privacidade, consentimento informado, assim como outras questões jurídicas que esta figura assistencial obriga a implementar.

O pontapé de saída, foi dado, mas a procissão ainda está no adro…

O coordenador Independente

área da saúde e do social do PTP

Enviado por Denúncia Anónima.
Segunda feira, 13 de Março de 2023
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