Sérgio Marques, o vencedor da Comissão de Inquérito!


S érgio Marques libertou-se do regime jardinista, destruiu falsas acusações, recuperou  a sua imagem, mostrou ter políticas alternativas às de Jardim e de Albuquerque e afirmou que não deixará de emitir as suas opiniões livremente. Enfim … andará por aí, livre e disponível para exercer todos os seus direitos.

Claro que várias lideranças partidárias ficaram incomodadas porque, sem a experiência política de Sérgio Marques, não se sentem alternativa nas eleições regionais que se aproximam. Evidentemente, todos os políticos regionais logo tentaram menorizar as declarações de Sérgio Marques.

Jardim,  por ver alguém do próprio partido ter a ousadia de colocar em causa o seu trabalho de décadas, reagiu muito mal e em direto, ao desafio. De facto, o despesismo de Jardim em obras não prioritárias ou mesmo inúteis, não só hipotecou o futuro dos madeirenses com pesados impostos, como também impediu a afetação de verbas à resolução de diversos problemas que bloqueiam o desenvolvimento da Madeira.

A situação dos portos,  que segundo Sérgio Marques,  poderia ter sido resolvida com uma Concessão Pública, acabou criando um monopólio do Grupo Sousa, do qual o governo da Região terá muitas dificuldades de se liberar, com evidentes prejuízos para os madeirenses.

Segundo a opinião de Sérgio Marques, a entrega dos portos através de concessão, mediante realização de concurso público internacional, teria evitado a Madeira de ficar amarrada às mãos do Grupo Sousa, como aconteceu com o regime de licenciamento defendido por Jardim e Albuquerque.

Por outro lado, o regime de concessão teria também a vantagem de garantir que, no final do prazo contratual, pudesse ser aberto novo concurso público para o período seguinte.

Sérgio Marques defende idêntico modelo para colocação de ferries entre a Madeira e o Continente. Na sua opinião, tudo foi feito de modo a beneficiar o Grupo Sousa, com prejuízo para os madeirenses.

Estas posições colocam em causa as opções de Jardim e também de Albuquerque que continua a defender o regime de licenciamento. Segundo Sérgio Marques, esse regime de licenciamento, em teoria aberto à concorrência, nada resolveu. Antes pelo contrário, criou o tal "monopólio de facto", do qual não será fácil sairmos.

Sérgio Marques  rebateu também, de forma fundamentada, as afirmações de Avelino Farinha (AFA) o principal empreiteiro de obras públicas na Região. As suas opções nada tiveram a ver com gostar ou não de obras públicas, antes pelo contrário. Por gostar da matéria e também por ser especialista de concursos públicos internacionais. Para Sérgio Marques, a sua opção política foi a mais adequada à situação  de dificuldades financeiras, vivida então pela Região. Por isso deu prioridade à conclusão das grandes obras inacabadas, à manutenção das infraestruturas edificadas desde o início da Autonomia e ainda às pequenas obras que pudessem relançar as empresas mais pequenas, então sufocadas pela crise.

Relativamente à comunicação social escrita, lamentou ter entregue o JM ao Grupo AFA, que justificou com a falta de outras candidaturas e a urgência que o governo tinha na resolução do problema. Porém, não se escusou de criticar situação de monopólio da imprensa escrita diária regional nas mãos da aliança Sousa-AFA.

Resumindo,  Sérgio Marques não só se distanciou dos DDT dos grupos Sousa e AFA, como cortou as amarras a Jardim e a Albuquerque.

Perante a persistência de Sérgio Gonçalves (PS-M) na defesa do regime de licenciamento dos portos, que deu origem a um monopólio, e  só divergia da de Jardim e Albuquerque no que respeita ao pagamento das taxas portuárias,  Sérgio Marques não se inibiu de manifestar a sua preocupação com a falta de soluções, por parte do líder da oposição, candidato à presidência do governo regional, para este e para outros problemas.

Porém, e não menos importante, quer no início da inquirição, quer muitas vezes ao longo da mesma, Sérgio Marques nunca deixou de referir que toda a sua intervenção política, ao longo de mais de quarenta anos, se orientara pelos princípios da social democracia. A defesa da livre concorrência e da sujeição do poder económico ao poder político democrático, justificaram muitas das suas decisões como secretário regional.

A defesa das liberdades de pensamento e de expressão e a ideologia social democrática, norteiam o seu pensamento.

E é este Sérgio Marques, político experiente, que outros políticos odeiam e mais alguns desdenham ou menorizam, mas que porém temem, que não desiste de exercer os seus direitos de cidadania, de defender a ideologia social-democrata e muito menos de expor livremente as suas ideias, propostas e opiniões.

E que, conforme afirmou na Comissão de Inquérito, vai andar… por aí.

Comissão de Inquérito com Sérgio Marques 3:42:18

Enviado por Denúncia Anónima.
Quinta feira, 23 de Março de 2023
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