Ferry: José Manuel "Sousa", um "economista" incompetente.

 

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U ma e outra vez, o grupelho dos Sousas, sejam eles da Assembleia, Governo ou Jornalismo, entendem de dizer que o ferry não é viável, claro que na ideia deles de protecionismo ao Luís Miguel Sousa e seu monopólio limitando o pleno uso das potencialidades.

O serviço ferry é o mais competitivo de todos os transportes marítimos, basta ver quantas rotas a Europa tem ou o serviço que prestam na Grécia com imensas ilhas. Só é possível dizer as barbaridade da sua não viabilidade numa ilha como a Madeira onde muita informação e experiências são omitidas.

Lembro que a linha ferry é tão viável que um armador decidiu avançar sozinho, mas depois encontrou o obstáculos do Governo Regional instigado por Luís Miguel Sousa. É curioso que um patrocinador do CDS tenham o secretário da Economia ao seu dispor, ex-colega de escola, autor de outro negócio ruinoso como o do "Lojão", e do Canal Parlamento que nunca viu a luz do dia, mas fez despesa e empregou pessoas que depois avançaram com empresa privada.

Dizem que Eduardo Jesus é incompetente, e José Manuel Rodrigues que formação tem para ser secertário da economia e o que percebe de ferries?

Defesa da Viabilidade e Potencialidade do Serviço Ferry

O serviço ferry inter-regional não deve ser visto apenas sob a ótica da rentabilidade imediata, mas sim como uma infraestrutura essencial com vasto potencial económico e social, um modelo de sucesso amplamente comprovado em toda a Europa. É preciso que o ferry saia da brincadeira política e passe a ser certo, permanente e pontual para receber a atividade económica.

O argumento de que a linha é "claramente deficitária" ignora o benefício social e económico indireto que este tipo de transporte gera, justificando a intervenção e o subsídio público, tal como acontece com outras infraestruturas vitais (estradas, pontes, transportes públicos urbanos, etc.).

A ideia de que o ferry não é viável em regiões insulares é contrariada pela realidade de toda a União Europeia, onde este serviço é a espinha dorsal da conectividade e mobilidade. José Manuel "Sousa" é ignorante a este nível e tendencioso sobre o exemplo europeu de competitividade comprovada.

Grécia (a arquétipo insular): a Grécia, com o seu vasto número de ilhas (mais de 200 habitadas), é o melhor exemplo. O transporte marítimo de passageiros, veículos e carga é vital. Só este exemplo arrasa esta mixórdia de governantes e empresários de estufa, eternamente protegidos e sem concorrência.

Para ilhas pequenas/número de pessoas reduzido há serviço ferry. As companhias operam com uma combinação de subsídios estatais (Public Service Obligations - PSOs) para rotas não lucrativas e rotas comerciais rentáveis. O ferry permite o comércio inter-ilhas e o acesso a bens essenciais a preços mais baixos do que o transporte aéreo, garantindo a coesão territorial e o desenvolvimento regional.

Escandinávia e Báltico: rotas de ferry ligam países como a Suécia, a Dinamarca, a Finlândia e a Estónia. Estes serviços são usados não só por turistas, mas também intensivamente para o transporte de camiões e carga pesada, otimizando a cadeia de abastecimento regional de forma eficiente e ambientalmente menos agressiva que o avião.

Mediterrâneo Ocidental (Espanha e Itália): As ligações entre a Península Ibérica e as Ilhas Baleares, ou entre o continente italiano e a Sicília/Sardenha, são pilares do turismo e do abastecimento, garantindo preços competitivos para os residentes.

Porque escondem isto dos madeirenses sem mundo?

A grande vantagem competitiva do ferry é o seu papel no transporte de veículos e mercadorias. Adivinhem o que é que a Madeira boicota para dizer que é um serviço inviável?! Nenhuma ponte aérea pode replicar a capacidade de um ferry de transportar:

  • Carros particulares a um custo muito inferior.
  • Autocarros de turismo e veículos pesados de mercadorias.
  • Bens a granel e perecíveis.

Os números apresentados pelo Secretário Regional devem ser lidos no contexto de um serviço subsidiado e experimental, a análise dos números apresentados e o fator subsídio:

  • A baixa tarifa de €58: o preço de €58 para o passageiro demonstra que a tarifa estava altamente subsidiada, focada em ser socialmente acessível. Este é um preço político.
  • Comparação injusta: o custo total de €852 por passageiro para a Região é alto porque o preço pago pelo passageiro (€58) é muito baixo, fazendo recair o ónus do défice na indemnização compensatória.
  • A solução europeia: em vez de subsidiar integralmente o bilhete, a indemnização compensatória deve ser usada para garantir o equilíbrio operacional do navio e garantir uma tarifa justa (e não simbólica), que seja competitiva face ao avião (ex: 200€ a 300€ ida/volta com carro) sem onerar o erário público ao nível de €852/passageiro.
  • Taxas de ocupação (44% e 58%): Estas taxas de ocupação, especialmente a de 58%, já são significativas para um serviço sazonal. Com a estabilidade da rota, melhor publicidade e a possibilidade de transportar turistas com viatura própria, estas taxas tenderiam a aumentar. Com carga nem se fala, a fugir da "exploração" do serviço "Sousa".

O Secretário Regional afirma que "todos queremos o ferry", é um mentiroso, ele não pode ser incluir estando ao serviço do "Sousa", por isso põe a sua viabilidade em causa. Contudo, a viabilidade de uma infraestrutura de transporte insular mede-se pelo seu impacto sistémico:

  • Potencial turístico: permite a chegada de turistas que viajam de carro ou autocaravana, um segmento de mercado que atualmente não tem acesso à ilha. Já que o Eduardo Jesus quer elasticidade.
  • Diminuição de preços: a introdução de uma alternativa marítima forte pressiona a concorrência no transporte aéreo e de carga, podendo levar à redução do custo de vida na Madeira através da importação mais eficiente de bens. Já basta de sempre a carear em tudo, os vencimentos não sobem, ganhamos pouco, temos demasiados pobres e morremos mais cedo.

Monopólio vs. Competição: a resistência ao ferry levanta questões sobre a proteção de interesses instalados no transporte aéreo e marítimo de carga. A entrada de um ferry representa uma rutura saudável do monopólio (ou oligopólio), promovendo a competição e beneficiando o consumidor final.

O ferry é tão competitivo que mete MEDO!

A questão não é se o ferry é "viável" por si só, mas sim se a Região está disposta a investir numa infraestrutura essencial que, através de indemnizações compensatórias bem desenhadas (como na Grécia), traga coesão territorial, concorrência e novos fluxos económicos, transformando-o num sucesso comprovado. Tudo depende da boa fé de deixar um ferry funcionar no pleno das suas potencialidades.