O Lugar de Baixo e o Pedro Calado


Bom dia a todos.

N ós tínhamos o modelo certo de Turismo, "cosi", com pequenas unidades hoteleiras e quintas, a usufruir de uma ilha pequena, de lugares recônditos e limitados, de elevada satisfação dos clientes e deles com poder económico. Cliente com dinheiro para gastar não vai para lugares massificados, estamos a perder repetentes para ter patos bravos. Podem escrever a regra, ponha-se no lugar deles e pense. Massificado é baixo custo e soluções com pouca compra de serviços, o pilar do Turismo.  Até as companhias de cruzeiro com boa clientela não se veem na Madeira e publicita-se o rodar das mesmas. Fica provado que o Low Cost modifica o turismo e nós estaremos cada vez mais irritados e histéricos para poder corresponder. Mas é evidente que isto agora a faturar é como o Alojamento Local (tenho visto o debate no CM), ninguém vai querer regredir por investimentos feitos. A culpa é do burro do Secretário do Turismo que temos, pau mandado do Avelino. Tudo começou aí, com o mamarracho e a necessidade de enchê-lo, o que não vão conseguir apesar de toda a ostentação, trouxeram o turismo errado! Outra vez chamo de burro ao Secretário do Turismo e não é a "hora" é mandatos.

Mudamos para pior, agora os destinos de Turismo Massivo querem diminuir e mudar, nós em contraciclo querermos massificar e acabamos por herdar os problemas deles. Alguém pensou que a aposta "da Low Cost" na Madeira se deve a problemas destes noutros destinos que querem baixar o número de turistas e a melhorar a sua qualidade? É preciso falar e justificar com o que andamos a ver na Madeira?

Quem tem ou já teve Turismo Massificado (já existe esta situação) sabe que o principal problema é os lugares terem de comportar uma população circulante que acaba por ser permanente, ou seja, o entra e sai de turistas tem um volume constante e funciona como uma população fixa. Assim, os residentes podem ser X mas na prática são XXX. A dimensão fixa não consegue satisfazer a circulante e as infraestruturas entram em falência. Pode ser só no asseio, mas também pode ser no saneamento básico, vias de comunicação, WC's, etc, a um nível que não há soluções e tudo é gerido in extremis.

Alguém já reparou que a má governação está sempre a inserir mais conflitos entre os madeirenses? Já não bastava a dualidade de critérios e a distribuição de oportunidades, da situação de ser de um partido ou de outro, ora são miras e madeirenses, ora são estrangeiros de Visto Gold e a carestia que recai sobre a população da Madeira, ora são os grandes lucros e inflação comparado com os baixos rendimentos, ora são os burgueses e monopolistas à sombra da política a atentar contra o madeirense que vive do que ganha, agora será com o Turismo Massificado, que põe a pagar até as atrações turísticas ao próprio madeirense, as vias atoladas, a autocensura (já nem falo da verbal) do madeirense que foge da confusão dos lugares que deixaram de ser da população, substituída por turistas. Sempre a inserir clivagens, atrito, o dividir para reinar até descontrolar. A atividade começou a criar uma série de conflitos na Madeira, não existe um crescimento organizado e ponderado da atividade. O turismo massificado não traz o sucesso que os mega hotéis estavam à espera e, daqui a nada, veremos as Câmaras Municipais aflitas sem dinheiro para o aguentar. Como muitas câmaras são da mesma cor política do erro teremos novo tabu, teremos de novo a aceitação como as jaulas de douradas para que muitos não morram politicamente.

A razão das confusões do Lugar de Baixo é a massificação do turismo que opta por Rent a Cars, a habitação de Vistos Gold, AL, as próprias obras noutros sítios, a catadupa de eventos, etc. Como sempre, o Governo Regional planifica mal, as obras cometem erros e depois a solução é mais obras, continuando o ciclo de degradação na tentativa de comportar mais e mais gente. O modelo económico que estava errado insiste na fórmula e, perante cada crise que surja, veremos mais e mais pessoas aflitas. A massificação é um erro, ela insiste no mesmo, não temos um extenso deserto para inventar espaços e entretenimento, temos uma ilha natural que vai ceder perante a massificação, só porque somos governados por interesses de empresas que governam a Madeira.

A Madeira não tem planificação, a nenhum prazo, vai conforme os caprichos corporativistas e os subsídios.

O outro assunto que me traz ao CM é o Pedro Calado, eu leio e uso o CM porque é interessante, sabe-se muito, é fiável, vemos o pulsar do que se pensa e não do que se finge. Quando um ditador como Calado, que tem o silêncio de todos para não passarem mal nas suas vidas se queixa, é sinal de que ele se sente a perder com as redes sociais e blogues. Isso é uma vitória! Então faz-se de coitadinho, quando é o mais privilegiado e protegido da Madeira! O que disse é uma aberração, ele é a última pessoa na Madeira que o pode fazer. Depois tenta diabolizar mais e mais porque sente-se impotente para "comprar" (espero que se aguentem). O Calado ordena mais medo, espuma para provocar medo.

Queimaram o jornalismo e agora é impossível controlar as redes sociais. Quem não está dependente do Calado e lhe faz as vontades, sabe que está ali um monstro e um sonso. O Funchal, nota-se claramente, está mal governado, focado em interesses pessoais e corporativos e não da população, apesar da comunicação social só o vender como um herói. Muitos, a seu tempo, avisaram do que era o homem. Foram em conversas e lixaram-se. E isto nunca acabará até irmos à parede e a autocracia ser substituída por uma ditadura em plena Europa.

Peço à plataforma que se aperceba da sua importância. Peço aos jornalistas que escrevam a sua verdadeira opinião no CM. Desejo que a população adira cada vez mais e que haja moderação, explicação e pedagogia sobre o que se passa na Madeira. Também peço mais leituras porque infelizmente a população está drogada em entretenimento, um atrás do outro e de propósito.

Enviado por Denúncia Anónima.
Quarta feira, 26 de Abril de 2023
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