D epois de décadas de campanha política diária, Portugal acedeu e garantiu o lugar de tacho-maior a Marcelo, o selfie-mor. Sem qualificações que o distinguissem, para lá da diplomacia de dizer tudo e o seu contrário, Marcelo tornou-se um ícone para uma nova velha geração de políticos que anseiam pelo retornar a um lugar ao sol, na sua fase descendente, e quando o país já farto estava de os ver nos palanques.
Esta moda tem vários seguidores nos diversos órgãos de comunicação nacional. Com Paulo Portas e Marques Mendes à cabeça, assim pela altura da cintura, o objetivo passa por fazer afundar velhos submarinos, emitindo opinião sobre todos os tópicos da atualidade, chamando a si protagonismo e moldando a opinião pública.
Na Madeira, a situação não é diferente. Com o velho cacique a debitar regularmente na RTP Madeira, temos desde há algum tempo, a projeção via DN do antigo vice na sua missão de substituir o Portas das ilhas na maior casa de cultura da Avenida do Mar. A generosidade do DN, o tal órgão independente pertencente a um grupo económico, contrasta com a personagem que, aquando da candidatura à presidência do partido, atacou adversários por serem patrocinados por grupos económicos. Como o tempo muda…
Na sua coluna diária, o mentor das Sociedades de Desenvolvimento que levaram a Madeira ao desperdício de balúrdios, em obras inventadas e à falência, vem falar de enredos sobre Comissões de Inquérito e de computadores desaparecidos noutras paragens. Curioso que não abriu a boca uma vez que fosse para falar de Comissões de Inquérito mais próximas, sobre as suas próprias invenções. Em privado, não deve ter faltado o telefonema ao amigo Marques. “Meu caro, causaste tal aperto, não me cabia nem um feijão”.
Nenhuma palavra também sobre os 1500 computadores desaparecidos ali para os lados da Penteada. Os tais com caraterísticas muito particulares, com software muito específico e que mudaram de destinatário a meio caminho. E as 1500 impressoras, onde ficaram? Fica a sugestão para o tweet de amanhã, pode ser?
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