T endo um administrador oculto como presidente da Câmara do Funchal (que anda a detectar oportunidades de negócio para o patrão Avelino, como o projecto do Toco e a ampliação do Porto, com aquela abstrusa justificação de um... Tsunami) será natural que a fiscalização municipal feche os olhos às construções com defeito.
Vem a propósito das queixas de clientes do Hotel Barceló, aqueles que ficam hospedados no último andar, onde sempre que há festas no "roof-top", pois, imagine-se, conseguem ouvir os passos e saltinhos de quem dança.
O empreiteiro responsável foi o grupelho AFA, antigo patrão de Pedro Calado, ou ponta-de-lança dessa entidade para confundir interesses privados com interesse público.
O grupo Barceló decerto não quer problemas com a máfia no bom sentido, pois até agora não accionou qualquer diligência no sentido de denunciar uma obra defeituosa ou então ser ressarcida das receitas que deixa de auferir por não poder usar o terraço para eventos.
Mas quem é verdadeiramente posto em cheque com esta situação é o lunático Miguel Albuquerque, o qual apregoou a sete ventos que na Madeira as construções eram, ou passaram a ser, anti-sismos.
Será que foi feita alguma vistoria à estrutura do Barceló? É que, com a qualidade defeituosa do seu telhado e a total ausência de preocupação com a respectiva insonorização, é legítimo suscitar esta dúvida.
Há também um prédio-duplo em construção junto da Vetfunchal, onde era a antiga RTP (património da Região que, sem saber-se como, passou para as mãos de um pato-bravo privado) cuja entrada aparenta ser estreita.
Ora, na eventualidade de um incêndio de grandes proporções, um carro de bombeiros de grande porte não conseguirá entrar no recinto.
Caso alguém se importe com a vida e segurança dos outros, seria de todo pertinente uma vistoria da Protecção Civil e dos Bombeiros Municipais, de modo a, enquanto for tempo, ver se há necessidade de rebaixar a rampa de entrada desde a rua para esse complexo habitacional. Para que não se diga, em ambos os exemplos, que não foram avisados e que, uma vez mais, uma eventual culpa não morra solteira.
A impunidade nesta Sicília do Atlântico (que Jardim pretendia a Singapura da Europa, só se fosse para trabalhos precários e mal pagos, o que conseguiu) fez rasgar do dicionário as palavras decoro, decência e vergonha (na cara).
Quanto aos espanhóis do Barceló, é bem feito terem provado do veneno do facilitismo e do compadrio. O que é barato sai caro e só vem à memória, a propósito de gato por lebre, aquele famoso vendedor de cifões para sanita que "comprava Ganita para vender como Vinho Madeira".
Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 19 de Julho de 2023
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