Manuais digitais: despesa em "vanguarda" condenada

 

Link da Notícia FN * Link da referência Página Um

Q uando o Sesaram sofreu o ciberataque, do que precisava era de inteligência e substituição de muita gente que permitiu a falha, mas para um povo maioritariamente apático e desinteressado, ninguém notou o aproveitamento para fazer uma despesa em computadores. O PSD adora catástrofes, os olhos tilintam. Neste momento há um novo mau investimento em informática, desfasado da realidade, porque se quer dar o ar de vanguarda. A ver vamos essa assistência a equipamentos obsoletos como aquele milagre da entrega dos "enxurrados" numa semana.

O ajuste direto está na moda no GR, para obras e muito mais, sobretudo quando não há outros concorrentes. O problema é que há uns anos atrás a Microsoft teve sérios problemas na Europa por causa da sua posição dominantes impingir nos Sistemas Operativos outros softwares com o intuito de "secar" o mercado.:

Mas o debate não termina aqui ...

Há "negócio" no mundo dos manuais digitais. Estes ajustes diretos são uma prática pouco transparente e  ser sempre as mesmas empresas é estranho. É isso que o artigo levanta a suspeita. O que é ainda mais estranho porque foi uma imposição do secretário regional de educação, que as escolas comprassem tabletes e manuais digitais sempre dos mesmos fornecedores, quando o mercado tem outras soluções, algumas mais baratas. 

A crítica à opção de utilizar manuais digitais por razões de saúde e desenvolvimento das crianças é grande. Agora compreende-se que talvez o silêncio do secretário de educação venha do facto de que o negócio não pode parar. Alguém está comprometido com outros interesses. O superior interesse das crianças não parece estar a ser a prioridade.

Duas boas leituras encontradas no CM:


As críticas dos especialistas de saúde em relação ao aumento do uso de ecrãs sugere que estes são os tempos aceitáveis:
  • dos 2 aos 5 anos: até 1 hora por dia;
  • dos 6 aos 10 anos: entre 1 e 2 horas por dia;
  • dos 11 aos 18 anos: entre 2 e 3 horas por dia.
A maior dificuldade dos pais, apesar de terem conhecimentos, é ajudarem os filhos nas tarefas quando os materiais são 100% digitais. Os educadores acham mais difícil adaptar seus métodos de ensino aos manuais digitais e integrá-los eficazmente no processo de aprendizagem.

Há evidências científicas que mostram os benefícios do livro físico para o desenvolvimento cognitivo dos alunos. Quando usam materiais físicos, os estudantes são mais capazes de compreender o conteúdo e de memorizá-lo. O digital provoca a queda no desempenho das crianças na leitura. É preciso atender que os alunos têm atualmente menos capacidade de concentração. Dedicam menos esforço para escrever bem, porque programas de ortografia automática fazem a escrita parecer mais fácil do que é. Conclui-se que é um falso conhecimento assistido e não esforço e conhecimento do formando.

E, não menos importante, com o Sesaram presente, a utilização de tecnologia digital pode levantar preocupações sobre segurança cibernética e privacidade dos alunos. Tudo parece perfeito até que alguém desconstrói. Até o Brasil já balançou no seu voto eletrónico, provaram ser possível falsear.

A vanguarda da Madeira tem que levar a compras? Sabemos que quando erram nunca voltam atrás, mas uma coisa é a Marina do Lugar de Baixo e outra é a Saúde e o Ensino dos alunos madeirenses. Mais uma vez se pede inteligência ao GR e não compras!

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 15 de Setembro de 2023
Todos os elementos enviados pelo autor.

Adere à nossa Página do Facebook (onde cai as publicações do site)
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira

Enviar um comentário

0 Comentários