N a sequência de uma investigação da Renascença durante a semana ficamos a saber que o antigo presidente do Club Sport Marítimo - Carlos Pereira “recusa-se a entregar três empresas que detêm o terreno do centro de treinos, veículos, a televisão oficial do clube e que devem mais de 1,5 milhões de euros ao emblema madeirense”.
“Os documentos a que a Renascença teve acesso revelam que as empresas Marítimo TV, Marítimo SGPS e Marítimo GPI continuam, neste momento, no nome de Carlos Pereira, como gerente ou presidente”.
Ora, na fita do tempo, retrocedamos ao dia 12 de março do ano de 2005. Aí, soubemos através do prestigiado semanário Expresso que “privados metem Marítimo no bolso”.
Segundo a referida notícia, “de acordo com fonte próxima do Governo Regional, «esta é uma situação escandalosa», tanto mais que na origem «da promiscuidade de interesses esteve uma dívida de 1.500€ que Carlos Pereira se recusou a pagar, ditando a perda de controlo do Marítimo na SGPS».”
Mais ficamos a saber que “a participação do clube foi adquirida em 2003, por arrematação judicial pelo madeirense Gaspar Nóbrega Gomes, que passou a deter o controlo maioritário da SGPS. A 6 de Abril de 2004, este empresário viria a passar uma procuração com plenos poderes ao líder do Marítimo, «podendo o nomeado procurador negociar consigo mesmo ou com terceiros» as quotas da SGPS”.
Ora, importa relembrar o universo maritimista que o Gaspar Avelino Nóbrega Gomes trabalhava nessa data como encarregado da empresa denominada José Carlos Rodrigues Pereira Lda, com o NIPC 511 036 051 (cujo proprietário é Carlos Pereira), dedicada ao comércio de veículos automóveis.
Curioso foi também o comunicado assinado pelo anterior presidente Carlos Pereira e publicado no dia 17/03/2005, no site do marítimomadeira.com, onde jura que “nenhum privado “meteu o Marítimo no bolso”, ou melhor dizendo que assumiu o seu controlo por qualquer via, muito menos pela via judicial”.
Assim, passados 18 anos chegamos à conclusão que afinal mentiu de forma descarada.
Constatamos que a corrupção de forma impávida e serena alicerçou-se na Madeira. O descaramento e o despautério constituem nos dias de hoje a naturalidade da dialética do nosso quotidiano.
É assim no desporto mas também na política.
Uma situação que foi do perfeito conhecimento do Alberto João, que de forma cobarde nada fez, ou melhor, acabou por tirar o tapete ao médico Marcelino Andrade que teve a coragem de desmascarar as negociatas dentro do Marítimo.
Ora a vida é feita de encontros e reencontros.
E em tempo de eleições os eleitores têm muito para refletir sobre a forma como foram conduzidos os destinos da Madeiras e das suas principais instituições ao longo destes anos.
É tempo de acertar contas, de decidir o que pretendem e fazer verdadeira justiça – VOTE.
Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 12 de Setembro de 2023
Todos os elementos enviados pelo autor.
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira
