Aulas de civismo para alguns motards


(Comemoração dos 25 anos do Clube de Motards da Madeira. Pedidos? Exigências? RTPM, telejornal, pelas 21:34)

C omeço por dizer que não gosto de muitos dos que usam motas, em vez de dizer motards ou todos os motociclistas. Não gosto porque não me sinto respeitada muitas vezes por essa gente que tira o prazer pessoal de "roncar" e se acharem diferentes na estrada. Parece que vamos continuar nas exceções em vez das correções, mas vamos ver as exigências

  • Cedência de um espaço, pela Câmara Municipal do Funchal, para uma sede do clube.
  • Existência de corredores específicos para motociclos, para segurança dos motards.
  • Existência de uma box junto aos semáforos, para as motas estarem à frente dos carros enquanto aguardam pelo sinal verde. (Não querem ficar a aguardar atrás dos carros cujos canos de escape estão e emitir gases prejudiciais à sua saúde)

Os comentários. Em primeiro lugar, parabéns ao Clube.

Em segundo lugar, e já que falaram na necessidade de preservar a saúde, que tal o Clube promover ações de sensibilização a condutores de motas que prezam muito o barulho dos canos de escape, contribuindo também para poluição sonora, no sentido de controlarem a “situação ensurdecedora”? Na verdade, é deveras incomodativo o barulho que fazem a qualquer hora do dia ou da noite, prejudicando a saúde dos cidadãos. Sim, estão provados os malefícios do barulho na saúde das pessoas. Basta imaginar que temos um destes vizinhos roncadores e ser o roncador o seu meio de transporte a qualquer hora. Toda gente tem que acordar por causa de sua excelência. Alguém com carro, ou melhor, a larga maioria dos carros faz isto? E toleram nos carros? Porquê nas motas?

Os sons dos canos de escape são desnecessários para a mobilidade destes veículos. Então como se entende que façam barulheira, por exemplo, durante a noite, capaz de acordar as pessoas em vários condomínios numa área considerável? Como se entende que, logo pela manhã, estes condutores se deliciem em fazer muito barulho a acordar os vizinhos? Como se entende o barulho devido às corridas na via rápida? Não enumero mais exemplos, estes já são esclarecedores.

Que tal sair uma lei do ruído mais repressiva para os motociclos? Que tal serem todos obrigados a ir à inspeção como os outros veículos? Pelo menos uma vez por ano teriam que inverter as alterações...

Se este grupo de motards quer uma sede, a ser cedida pelo Estado, obviamente com o dinheiro dos contribuintes, deve, então, ter uma atitude de cidadania em prol dos cidadãos. Não quero acreditar que apenas queiram uma sede para benefício próprio, seus encontros, convívios, etc. Na peça jornalística, um elemento do Clube falou que a sede deveria ser afastada do centro da cidade por causa do barulho nos convívios, ficou evidente que tem consciência dos incómodos do barulho, um bem-haja. Basta agora agir em conformidade.

Este pedido do Clube de Motards suscitou estas questões, não estamos a culpabilizá-los de nada, no entanto, convém alertar que as pessoas estão já saturadas de viver em constante tormento com alguns condutores de motas. Quem não acredita, seria bom que experimentasse viver em certos locais e acordasse com o roncar de cano de escape, a partir daí poderia opinar com conhecimento de causa. 

Finalizo com uma pergunta a certos condutores de motas. Em vez de barulho desnecessário e ostensivo, não terão nada digno de ser “mostrado”? Um ato de inteligência por exemplo, ou de civismo. Eu às vezes pergunto-me se esta gente quando está por exemplo numa esplanada e passa uma mota que paralisa tudo, se não sentem repulsa, ou barulho é o que está a dar?

Se não for a bem, que venha a era das motas elétricas mais rápido.

P.S.: se aguardar no seu lugar num semáforo custa muito, sobretudo porque atrás de um carro faz mal à saúde por causa dos gases, mude para o carro. Mas há sensibilidade para a saúde de quem conduz motas e não há para a saúde das outras pessoas com o barulho? Perverso ou egoísmo?

Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 1 de Setembro de 2023
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