Os Ladrões do Supermercado


Q uem nos últimos dias foi ao supermercado já verificou que os bombons e os brinquedos apareceram. Ho! Ho! Estamos no Natal! Todos vimos os bombons de chocolate mas poucos se aperceberam do aumento dos preços. E porquê? Porque os Supermercados sabem que muitos de nós já receberam o Subsídio de Natal e como temos mais dinheiro querem ficar com o máximo que puderem.

Os preços dispararam entre 14% e 45% para uma inflação de 2.3% e os truques de marketing são cada vez mais asquerosos. Os chamados produtos de linha branca (alegadamente mais baratos) desaparecem milagrosamente das prateleiras para dar lugar a produtos de marca e ninguém se apercebeu.

As etiquetas dos preços são colocadas entre produtos semelhantes de modo a que o cliente mais distraído leve o mais caro e não se aperceba que na caixa pagou mais uns euros. Um exemplo caricato, no outro dia vi um frasco de azeitonas a meio de tantos outros mas o preço desse produto não estava lá. Conclusão paguei mais 1.2€ para aprender a não levar nada sem verificar primeiro. Agora ir ao Supermercado leva horas porque temos de estar atentos a todos estes truques.

Mas será que os Supermercados aumentaram os preços para pagar melhor seus empregados? Enganem-se os mais crentes porque as margens de lucro dos supermercados nunca foram tão altas e os seus trabalhadores ganham o mesmo. O grupo do Pingo Doce teve em 2022 um resultado líquido, isto é, depois de pagar todos os impostos, de 590 milhões de euros e o grupo do Continente de 179 milhões. É muito milhão para quem quer deitar as culpas na inflação e na guerra da Ucrânia.

Não acredito da Lei da Procura e da Oferta (que os Liberais tanto defendem) quando os preços dos produtos são concertados entre os distribuidores. É um facto que na Madeira, enquanto não surgirem outros distribuidores, como o LIDL e outros, vamos comer o que eles quiserem, quando quiserem e como quiserem. 

Cabe ao consumidor denunciar estes casos e não deixar que estes casos passem impunes e cabe ao Estado (neste caso ao Governo Regional) defender o consumidor contra a especulação e isso faz-se com fiscalização e não escrevendo artigos didáticos no JM sobre o Marítimo ou tirar fotografias nas doações que os supermercados fazem com o nosso dinheiro.

Para quando uma Oposição na Madeira que não fale em discos, livros e outras tretas e se preocupe com a população?

Nos meus tempos de criança era só no Natal que comíamos queijo e fiambre, agora é no Natal que, com sorte, comemos arroz carolino com arroz agulha.

Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 5 de Dezembro de 2023
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