O s madeirenses estavam numa ilha quietos, desde séculos souberam estar com o turismo e bem receber. Chegou a Autonomia, que bom, gerir o nosso destino colectivo na Madeira. Eramos pobrezinhos, mas honrados e educados. Em 1985, Portugal entrou na Comunidade Económica Europeia e, a Madeira por arrasto. A Europa solidária ligou um pipeline de Euros para nos desenvolvermos e sermos iguais a eles. Que solidariedade, milhares de milhões para equilibrar a contenda e sermos europeus da mesma medida daqueles do centro da Europa.
Nunca se viu tanto dinheiro nesta pobreza franciscana e uns, que detinham o poder, viciaram em gerir esse dinheiro fácil e jamais quiseram sair do poder. Iludiram com migalhas, construíram até mais não poder, sempre em favor da população mas, a determinada altura, percebemos que não se dava a revolução social para sermos iguais aos europeus do centro da Europa. Começaram a nascer oligarcas, tipo um segundo governo por fora onde se faz ganhar e retorna, o centro privado que com um telefonema resolve tudo, a bem do regime e da manutenção dos mesmos.
Foram se passando anos, décadas, e cada vez mais a obsessão de querer tudo, com a disputa de mais oligarcas e vontades de enriquecer, foram tomando conta da realidade madeirense, fazendo de poucos com o poder político e económico cada vez mais ricos e os pobres mais pobres, caso não emigrassem primeiro.
A avareza tomou conta de tudo, até do espaço do madeirense. Eles querem tudo, matam tudo e não fica nada. Vivemos numa era em que quem construiu ou ajudou a nascer, crescer e permanecer um regime autoritário, maquilhado de ditadura, são os honrados e sérios, os que reclamam são os pobres, não cobertos pela governação que se esqueceu deles, são os depravados, insultadores, mentirosos, caluniadores, porque não têm sequer dinheiro para se defender, enquanto os outros têm até para usar e gozar da Justiça.
O madeirense estava quieto na sua ilha e daí em diante o dinheiro da Europa fez aparecer bestas sôfregas, criou xenofobia entre madeirenses, por política, por falar diferente, por querer alternância, por querer, imagine-se, um futuro para todos.
Hoje em dia não deve haver um concurso sério de bens, serviços e emprego, mas os desonrados são os que perdem jogando limpo. Só levantam calúnias. A Madeira é uma vanguarda que não muda o modelo, a vanguarda é para "limpar" o dinheiro da Europa onde dizem para aplicar, mas continuamos a emigrar sem soluções para a formação que recebemos. Querem que se tenha 2 a 3 empregos na hotelaria e nas obras, diz um economista, um edil, todo o estado febril do regime.
Criou-se um monopólio nos portos, com ele temos carestia em todos os produtos para pagar os fretes caríssimos. Não temos ferry. Pagamos os investimentos para o monopólio ter o lucro limpo. Eles colocam governantes para isso, em todo lado, deputados, Presidentes de Assembleias, de Governo, Secretários ... A Madeira do Turismo passou a ter um hotel de quem só dele se fala, ocorrem todos os eventos encaminhados e com cobertura do próprio proprietário nos seus jornais. Por ele veio a massificação, exagero insustentável de turismo. Deixamos de ter uma serra aprazível, levadas para desanuviar está sempre tudo cheio, igual ao trânsito no Funchal. A estrada é um caos de turistas desambientados, maus condutores e prevaricadores. Não conseguimos usufruir da nossa ilha. Chegou a bolha, as casas encareceram para vender aos ricos, só se constrói para ricos com fugazes fingimentos a custos controlados para o tamanho do problema que temos, e está sempre a crescer. Até as rendas agora chamam-se Alojamento Local. Não temos vencimento, não temos casa, não temos Saúde, estamos pior do que quando aderimos à CEE? Visivelmente não, na realidade ... envergonhadamente sim, já não se vive do poio da família. É preciso dinheiro. Quanto mais a oligarquia ganha, assessorada e assistida, menos paga.
Por isto o PSD tem vindo a cair, quando perceberam o fim da linha pela avareza, e não governar para madeirenses. Importaram Miras. Estes obcecados com o seu socialismo ignorante perverteram as eleições regionais votando contra Maduro. O Madeirense registou. Os megalómanos hoteleiros provocaram a massificação do turismo que trouxe intranquilidade na ilha e nas estradas, a carestia, a falta de habitação, etc. O Madeirense registou. Na Madeira os estacionamentos estão por conta das rent-a-cars que não têm condições para o volume de negócios a que se propõem. Fazem da via pública e estacionamentos recintos seus, tal como as esplanadas a ocupar passeios. O Madeirense regista.
Há mais registos, fico-me. O que tem o madeirense na sua terra? Festas de encantamento? Quem nos roubou a ilha e não quer saber de nós? Com a "mortandade" da gente capaz, porque os medíocres estão em matilha, isto está num copy-paste por ordem da cúpula. O madeirense não nasce, não tem como procriar, não tem rendimentos, não tem habitação, não tem saúde, não tem um lugar aprazível para se distrair em silêncio porque deixou de sentir a natureza à sua volta. Todos aqueles que contribuem para estes exageros unem-se olhando só para o lucro, isto vai ficar uma colónia de férias e um refúgio de bandidos. Não tenho dúvidas. Depois admiram-se que o pessoal anda irritado para festejar a Festa com uma boa socaria? Metam as luzes no ** e deixem o cinismo natalício. As elites que metam também a caridadezinha no **. O subsídio de Natal é para pagar juros da vaca do BCE.
Esta é a Europa no Atlântico, e eles sabem?
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda, 4 de Dezembro de 2023
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