Presidente Marcelo: Não se deixe ludibriar.


O ntem ao final da tarde, confesso que não percebi a intervenção de Rui Barreto a pedir a demissão imediata de Albuquerque. Mas depois, á noite, ao ver a entrevista de Guilherme Silva na RTP percebi o filme todo, as peças do puzzle começaram a se encaixar, e que se encaixaram todas hoje com as declarações de Cunha e  Silva.

Eis o Puzzle:

  1. o governo regional cai de imediato com a demissão de Albuquerque ( tudo combinado entre PSD e CDS, claro está );
  2. consequência: já não existe orçamento para aprovar;
  3. o PSD indica de imediato um sucessor de Albuquerque, que cria um novo governo;
  4. novo governo que elabora o seu orçamento e submete a aprovação na Assembleia Legislativa da Madeira, que o aprova com os votos do PSD,CDS e PAN;
  5. temos um governo legitimado pela Assembleia, o que retira argumentos ao Presidente Marcelo para dissolver a Assembleia em fins de Março, quando tiver constitucionalmente poderes para o efeito.

Esquema perfeito para inibir o Presidente da República de dissolver o governo e originar novas eleições.

Presidente Marcelo, enquanto cidadão madeirense, sem qualquer vinculo politico ( voto de acordo com as eleições e protagonistas em causa), peço, não se deixe enganar: este esquema não representa a vontade dos madeirenses e portossantenses. Nós queremos e temos o direito de dizer tudo o que pensamos sobre estes acontecimentos, através do nosso voto. Não se deixe levar pela cantiga da estabilidade. Este é um esquema para perpetuar os mesmos no poder, com os mesmos esquemas e compadrios, sem se sujeitar ao voto popular.

E ao PAN (Madeira e nacional ) deixo um repto: vão se deixar enredar nesta teia de interesses e compadrios, fugindo ao escrutínio do povo madeirense? Não, a legitimidade conferida em setembro último não serve para um novo governo não sujeito a votos. Em setembro, como madeirense, votei em pessoas e num contexto que foi, na sua substância profundamente alterado.

Os esquemas de alguns, preocupados única e exclusivamente com a manutenção dos seus tachos, não pode prevalecer sobre o exercício pleno da democracia, através do voto.

Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 30 de janeiro de 2024
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