PS-M: mais fechado não há


O PS-M continua o seu caminho de fechamento sobre si mesmo. O regresso de Cafofo, depois de deixar Sérgio Gonçalves a guardar o lugar, deixava antever isso mesmo. É o segundo take de um filme já visto.

A notícia da substituição do secretário-geral do PS Gonçalo Aguiar, pela ex-mulher e atual deputada na Assembleia da República Marta Freitas, é o sinal mais recente disso. O que diria o PS se isto acontecesse no PSD? Mas há mais exemplos:

  • Na Assembleia da República, Olavo Câmara já foi e Carlos Pereira terá o mesmo desfecho, para dar o lugar a alguém mais próximo de Cafôfo: ou o próprio, ou Jacinto Serrão.
  • No Parlamento Europeu, Liliana Rodrigues já foi e Sara Cerdas terá o mesmo desfecho, para dar o lugar a alguém mais próximo de Cafôfo: ou Iglésias ou Sérgio Gonçalves.
  • Na Assembleia Regional, o Grupo Parlamentar passou de 19 para 11 deputados e pelo caminho ficaram a Presidente das Mulheres Socialistas Mafalda Figueira, o Presidente da JS-Madeira Pedro Vieira, o deputado do Porto Santo e agora motorista Miguel Brito, a deputada da Calheta Sofia Canha, a deputada de Santana Tânia Freitas, o deputado do Porto Moniz Beto Mendes, o deputado da Ponta de Sol Carlos Coelho, a deputada de São Vicente Sara Silva e os deputados de Machico Alberto Olim e Marina Barbosa.
  • Os independentes dos Estados Gerais desapareceram quase todos, sobrando apenas Sílvia Silva e Sérgio Gonçalves, os dois sem retorno possível à origem. Ficaram pelo caminho Ricardo Cabral e Élvio Jesus, alguns dos nomes sonantes que já se distanciaram do PS. Sérgio Gonçalves ainda tentou reativar os Estados Gerais, mas tudo o que conseguiu foi ter Ruben Eiras, seu amigo, a dizer publicamente que não contassem com ele.
  • Nas concelhias, já saíram do PS Helena Freitas de São Vicente e Daniela Aguiar de Santa Cruz.
  • Nas autarquias, Miguel Gouveia já foi e daqui a dois anos seguem-se Emanuel Câmara e Ricardo Franco, todos desaproveitados pelo atual PS.
  • Nas assessorias, as saídas são infinitas: Amândio Silva, Pedro Diniz e António Alves são alguns dos nomes com relevância política, substituídos por Júlio Curado, marido de Elisa Seixas e Andreia Caetano, mulher de Duarte Caldeira.
  • Nos órgãos internos, a reciclagem leva Rui Caetano de líder do Grupo a Presidente da Comissão Regional. No secretariado resta saber se se eternizam os vices Avelino Conceição, Miguel Iglésias e Célia Pessegueiro.
  • No congresso, até os autores das moções sectoriais são mais do mesmo: os deputados Jacinto Serrão, Victor Freitas, Rui Caetano e Patrícia Agrela, os ex-deputados Sofia Canha e Alberto Olim, os funcionários Júlio Curado e Miguel Brito, e os pretendentes Cátia Pestana, Madalena Nunes e Jesus Santana.

Durante o reinado de Cafôfo I e Cafôfo II vão sobrevivendo os sempre em pé. Nem vale a pena recuperar o passado de Cafôfo das coligações e equipas que foi destruindo no Funchal, este rasto chega para se perceber o que vem aí. É mais do mesmo, num congresso que só se vai reunir para bater palmas a Cafôfo.

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 12 de janeiro de 2024
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