C ostuma-se dizer que os Paraquedistas são mais que as mães e há em todos os Partidos políticos. Isto a propósito de umas figurinhas que já mudaram de Partido como eu mudo de cuecas. Até às últimas eleições era vê-los nas redes sociais a publicar, a partilhar e a comentar publicações que lhes interessavam e de, um dia para outro, pura e simplesmente desapareceram.
Depois das últimas eleições muitas das figurinhas ativas nas redes sociais esfumaram-se, ou seja, a vitória ou a derrota não lhes serviu por isso remeteram-se ao silêncio. Há exemplos de muitos que migraram de uns partidos para outros à procura de um lugar ao sol. Na verdade só os burros é que não mudam, mas quando a esmola é muita, o pobre desconfia.
O engraçado é que sempre que há eleições internas nos Partidos, os paraquedistas são sempre os últimos a mudar de lado. Aguardam o tempo suficiente para ver que para que lado a balança pende e depois, como quem não quer a coisa, aparecem a apoiar o vencedor mais provável.
Outros mudaram de Partido porque simplesmente estão queimados politicamente e acham que se emigrarem para um Partido podem recomeçar de novo. Infelizmente a Madeira é pequena e as emigrações transpiram para a opinião pública. Um exemplo real é a migração de muitos PSDs para o CHEGA e que agora, com a provável vitória de outro candidato, já estão a pensar em voltar.
Honra seja feita ao JPP que consegue detetá-los a tempo e coloca-os na prateleira. Infelizmente todos os outros partidos aceitam toda a escumalha, sem tomar os devidos cuidados e vão pagar um elevado preço pela negligência.
Os Partidos precisam de quadros e não de lambe-botas, fala-baratos com opiniões voláteis. Nisto tudo, é fácil de reconhecer a desilusão de jovens quadros que não querem saber da política, abominam os jogos de poder. Cabe a cada Partido atrair os jovens para a política com propostas de incentivo à causa pública e não com a miragem de tachos desconexos.
O PSD foi um dos partidos que cometeu o erro em promover incompetentes, apenas pelo tráfego de influências e está a pagar um preço alto pela opção que tomou. A Função Pública é um mau exemplo de gente (sem idoneidade) promovida a dirigentes sem a mínima competência, isso vê-se na escalada da desorganização nos serviços públicos.
Não é por isso estranho que, os políticos mais ativos, são os piores profissionais, porque simplesmente caíram de paraquedas sem qualquer experiência nas áreas que dirigem. Julgo que não vale a pena nomear exemplos, a lista é tão grande que se tornava fastidiosa para o leitor.
Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 19 de março de 2024
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