A comunicação social está a definhar, porque cada consumidor sabe que por detrás da notícia há um odor a fretes, que é o resultado de um jornalismo medíocre e só a putrefação não é maior, porque são as redes sociais a trazer à tona os assuntos incómodos ao poder político e económico, encostando estes órgãos às cordas, fazendo aluir o chão do quarto pilar, fundamental na democracia e liberdade. O resultado é quando confrontado com a realidade, e dos factos das redes sociais, e a informação não surge, correm atrás do prejuízo, que causa danos irreparáveis na credibilidade e que mata a comunicação social.
Não digo isto com satisfação, até porque já trabalhei num órgão de comunicação social, embora não como jornalista. A comunicação social é uma paixão que quem vive não esquece mais! Mas digo como cidadão atento e elucidado, que consome as redes sociais, não embarcando em tudo o que se quer vender, escortinando e filtrando os conteúdos que o interesse lhes merece, e aquilo que se constata indubitavelmente, que é uma comunicação social madeirense a reboque das redes sociais e que pressionam o aparecimento da notícia. Neste capítulo confesso a minha surpresa pela quantidade de assuntos que frequentemente saem no Correio da Madeira e só mais tarde na comunicação social, quando deveria de ser esta, pelos meios que possuem a informar em primeira mão.
Interessa que se perceba que a sociedade madeirense estudou, evoluiu, tem uma maior consciência social, económica, política e ambiental da sua terra, da sua própria vida e têm meios que os seus pais não tiveram, e que nada é como era no passado. Ter a pretensão de se querer controlar ou manipular a informação é um erro crasso e todos os interessados com responsabilidade na qualidade da comunicação social, estão obrigados a mudar o estado e o rumo, sob pena destas empresas acabarem irremediavelmente em cinzas.
À parte destas vicissitudes, deveria estar a RDP e RTP Madeira, porque possui um orçamento garantido e podia e deveria primar por uma informação isenta, sem subterfúgios nem malandrices, inspirando-se e trilhando as pegadas da sua congénere nacional, a RTP1, onde pela 18ª vez ganha o prémio de marca de confiança, e não fazer produções à medida como é aquela participação deplorável do tachista/graxista António Marques no Madeira Viva. Entre outros espaços forçados e degradantes que mancha a reputação da sua casa mãe. Para que se perceba as diferenças abismais e a linha antagónica, bastará comparar o Telejornal Madeira, com o Nacional, no capítulo da isenção, imparcialidade, no que se refere à visibilidade que se dá no mesmo Telejornal ao mesmo actor em detrimento de outros, ao alinhamento minucioso das reportagens, as chamadas ou flaches de noticias que não interessam fazer, as perguntas que se impõem e ficam por fazer, os assuntos que se repetem e repetem como por exemplo as reportagens das mesmas obras até a sua inauguração e às vezes ainda após estas. Os textos bonitos para agradar, as notícias boas nacionais e que interessam aparecer com actores regionais enquanto há outras que são retransmitidas na íntegra, enfim uma propaganda dissimulada em notícias que não se vê na Rádio e Televisão do continente. Quando não chegamos ao ponto e até mesmo ao ridículo de sermos informados dos assuntos pelos canais nacionais, e por cá só no dia seguinte, ou simplesmente nada. A prova mais elucidativa deste descrédito e destas vicissitudes, é o facto da RTP Nacional não confiar nos jornalistas do canal madeirense, chegando ao ponto de enviar os seus profissionais para cobrir esta campanha eleitoral, num completo arrasamento dos jornalistas da RTP-M e não lhes reconhecer a idoneidade, imparcialidade, emitindo um atestado de incompetência profissional.
Mas a RTP 1 foi duplamente premiada, José Rodrigues dos Santos ganhou o prémio de melhor escritor e o prémio de jornalista de confiança. E como têm muito, os jornalistas do canal da Madeira, para aprender com Rodrigues dos Santos. Os jornalistas da RTP-M são muito fracos e agachados ao poder. Dou como exemplo a entrevista individual do cabeça de lista do PSD Miguel Albuquerque, realizada por Gil Rosa, em que o candidato parecia não um elefante dentro de uma loja de louça, mas uma besta em que o jornalista ia andando atrás deste a apanhar os cacos, numa posição de subjugação, sem mão na entrevista, até com receio de fazer perguntas, que saíam com muito tremelique, e deixando o entrevistado fugir e contornar os assuntos, revelando uma falta de profissionalismo atroz.
Contudo, de entre a lista de jornalistas do grupo Madeirense, quero fazer uma ressalva para destacar o ótimo trabalho do Paulo Santos, que não sendo uma pessoa de fácil convívio em termos profissionais, é o melhor jornalista da casa e que podia e muito bem substituir Gil Rosa nos seus programas semanais.
Quero ainda realçar mais 3 nomes do panorama do jornalismo madeirense e que com certeza mereciam ser distinguidos como bons profissionais do jornalismo, se houvesse galardões do jornalismo sério, nomeadamente, Egídio Carreira e Nicolau Fernandes, bem como António Jorge Pinto.
Por último quero e sem elencar nomes, personificar no serviçal Mário Gouveia, todos os jornalistas dos medias regionais que desacreditam e degradam todos os dias a nobre profissão de jornalista e que vão matando a credibilidade da comunicação social.
Uma última pergunta: porquê só nesta quinta-feira apareceu a única sondagem? onde estão as espevitas sondagens que surgem sempre periodicamente, a 30, a 15 dias das eleições?
Serve quem?
A grande sondagem será no domingo à noite. Quanto à comunicação social e ao jornalismo, o último, que feche a porta.
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