O Grande Derrotado


L iguei a TV na RTP-Madeira mas como o Miguel de Sousa provoca-me vómitos mudei de canal para a CNN Portugal e deixei-me ficar por lá. Enquanto devorava uns amendoins com uma cerveja fresquinha fiquei entretido a ouvir os comentadores do canal sobre as eleições regionais da Madeira.

Fiquei estupefacto com a qualidade de alguns comentários o que revelava algum conhecimento da realidade da política madeirense e até em algumas ocasiões suspeitei que os comentadores liam esporadicamente o Correio da Madeira.

Enquanto os resultados saiam a conta-gotas não resisti a dar uma gargalhada quando a Margarida Davim comparou o Paulo Cafofo com um salta-pocinhas. Segundo a Margarida Davim, o curriculum de Paulo Cafofo não serve de exemplo a nenhum político. 

Realmente a Margarida tinha razão! Paulo Cafofo nunca conseguiu terminar um projeto! Veja-se! Abandonou a Camara Municipal do Funchal para se candidatar a presidente do PS-Madeira onde nas eleições fica a uns míseros deputados de ganhar a maioria e ser presidente do  Governo Regional. Teve azar com o CDS? Teve!

Mas o azar não justifica tudo! Os passos seguintes de Paulo Cafofo são de puro oportunismo político na busca emérita do tacho. Senão veja-se! Na primeira oportunidade demite-se do PS, deixando lá o Sérgio Gonçalves a reservar o lugar, quando já sabia que iria ser convidado para Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.

Depois de uma passagem atabalhoada pela Secretaria de Estado, onde se incluiu os tais aviões que iriam vir da Venezuela, limitou-se simplesmente a promover os vinhos do amigo nas comunidades portuguesas, tendo sido durante criticado pelos próprios socialistas pelo fraco trabalho que fez.

Depois da demissão de Sérgio Gonçalves e com o cenário de eleições nacionais antecipadas, devido à investigação “influencer”, Cafofo - vendo que teria de voltar a dar aulas de História - veio a correr para a Madeira para, novamente, tomar conta do Partido e candidatar-se a deputado com o seu partner Iglésias (os amigos são para as ocasiões).

Como era esperado, Paulo Cafofo e Iglésias são eleitos deputados e a sua primeira intervenção na Assembleia roçou o ridículo criticando um governo que ainda não estava em exercício pelo que o governo onde esteve não fez.

Com a constituição de arguido de Miguel Albuquerque e com novas eleições regionais à porta, Paulo Cafofo volta à ilha com o objetivo de ser o próximo Presidente do Governo Regional. Desta vez, tinha tudo para correr bem! O PSD nunca esteve tão debilitado!

Nesta história toda o que me chateia é que Paulo Cafofo julga que todas estas manobras artísticas passam impercetíveis ao eleitor e em resultado disso o voto útil vai para o JPP e o PS ganha apenas mais 137 votos do que o inexperiente Sérgio Gonçalves.

O PS e o JPP anunciam um acordo mas o resultado mais provável é que Miguel Albuquerque saia de cena para deixar entrar em cena o CDS, o CHEGA e o PAN.

Deixo as conclusões finais desta fábula ao leitor do CM.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 27 de maio de 2024
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