... para não decidir por impulso na hora do voto.
E nquanto vamos vendo os candidatos em artes circenses, para serem populares, vistos e partilhados nas redes sociais, poucas propostas surgem que convençam para mudar de facto algo. Parece que os partidos arrependeram-se de fazer propostas porque agora a população escrutina tudo, ainda bem! Viva uma maior exigência aos partidos.
No entanto, venho aqui por uma constatação inversa, uma observação à grande massa eleitoral. Eu acho que a razão desta inércia e apatia que se sente na campanha e no eleitorado é porque o pessoal desligou, acho que não estão satisfeitos, mas não encontram um alternativa segura. A vida já é dura, maus ambientes de trabalho, falta de justa compensação, atenção ao mérito e muito burnout. Então, as pessoas preferem se alhear, afastar-se de stress e saturações. Excetuando as bestas, e afins, o pensamento é "não haverá mudanças para melhor nas suas vidas", ninguém se importa na política, por isso aproveitam o resto dos seus anos de vida, gozando as pequenas coisas do dia a dia.
A ação do juiz nos casos de corrupção da rusga judicial na Madeira, foi o descrédito total na Justiça, é por isso que agora há campo de manobra para se fazer política e o fugitivo de arguido pode brincar com a democracia. Com tanto dependente, ainda ganha.
Não há esperança, o povo também vê e sabe que no continente os graúdos ou safam-se ou então os seus processos vão demorando, prescrevendo, e convence-os de que a justiça é para os ricos.
Por outro lado temos imensos tachistas e dependentes, mas ainda os que estendem a mão à caridade, todos estão bem ou relativamente bem, em relação a uma classe média trabalha no duro mas que o dinheiro não lhes rende porque não podem ter ajudas de nada. É assim o populismo cresce, gosta de dizer que é protesto, acho que é mais, nalguns até resulta da raiva.
Neste ambiente de contágio e dos muitos pensamentos que se podem fazer, eu compreendo a reação das pessoas, mas dediquem apenas um pouco de seu tempo para tomar uma opção consciente antes de ir colocar uma cruz no voto.
Podemos estar desiludidos, saturados e descrentes, mas ainda é pelo voto que se pode mudar alguma coisa! As Regionais são as eleições que mais influência têm na nossa vida, vamos prestar mais atenção e encontrar uma forma de melhorar as nossas vidas.
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