Ninguém ouviu a mensagem da Covid, diversificar
o modelo económico, fizemos ainda pior
F lagelo. Não me ocorre outra palavra para descrever o impacto do alojamento local na nossa região. Se dantes, quem tinha a sua casinha ou apartamento a alugar, ganhava o seu bom dinheiro a preços de aluguer, e resolvia a vida a muita gente que não tinha condições para comprar casa, hoje em dia, sendo uma raridade, vive-se dos ganhos "por noite". O alojamento local também permitiu a massificação do turismo: ao oferecer preços mais baratos que num hotel, e locais mais descentralizados, a massificação implementou-se mais facilmente.
Flagelo para as famílias. Casal, 30 anos, sem filhos. Para onde vão? O banco não empresta porque não têm património nem conseguiram juntar dinheiro para os 10%. Condições de trabalho precárias. Há uns anos, a coisa remediava-se com o regime de aluguer de casa. Juntavam os trapinhos e pagavam os seus €500, €600 por mês com ou sem contrato, e iam remediando a sua vida. O senhorio recebia o seu, reparações mínimas, todos satisfeitos.
Flagelo para a hotelaria. Sempre que se usa a expressão "turismo de qualidade", lembro-me dos ditos "velhos ricos" que se ostentavam pela Madeira nos anos 90 e 2000. O restaurante tinha preço de vilhão e preço de turista. O turista, mais endinheirado, pagava bem e dava gorgeta. O vilhão rapava o prato do dia e tomava uma bica e servia-se. Todos contentes. Depois da massificação do AL, os preços são praticamente iguais para todos. Ou pagas ou não comes. Picados a €25!??!?! Poncha a €3,50? Nikita a €5?? É igual para todos. Turismo massificado, preço justificado. Por isso acho que a hotelaria tem vindo a perder imenso com o AL. Deixaram de apostar na qualidade dos seus serviços. Um dia um amigo disse-me que, por exemplo, num Pestana 5 estrelas, não há cozinheiro a partir da meia-noite. Só snacks. O cliente quer jantar, come uma sandes. Acham normal?!
Já estive alojado em alguns Pestanas e pude confirmar esta teoria: a qualidade dos serviços deixa muito a desejar e é uma sorte os funcionários FALAREM PORTUGUÊS! Que ridículo!
Flagelo para a sociedade: mais turismo "rasca" em Alojamento local significa mais gente nas levadas, mais carros na estrada, mais carrinhas de turismo, mais discrepância para o madeirense e portosantense.
É com bons olhos que vejo esta notícia:
Finalmente uma luz na escuridão. Finalmente alguém dá o exemplo para tentar salvar a nossa sociedade do turismo de massas.
Perdoem-me as pessoas que trabalham na área turística, ganham o seu e fazem-no bem. Mas cabe ao governo e às políticas governamentais regular o mercado e os investimentos para que haja equilíbrio na sociedade.
Amigos e amigas, neste momento, o turista NÃO É BEM-VINDO! Eu sei que você não vai concordar se os tiver na sua estância de alojamento local ou no seu restaurante. Mas se puder cobrar mais, por menos, não acha bem?
Não estou a dizer para meterem uma faixa enorme no gradeamento do Aeroporto a dizer "TOURISTS NOT WELCOME"; Não estou a dizer para criarem um hashtag #notwelcometomadeira; Não estou a dizer para maltratar ninguém.
A culpa é do GOVERNO. Eduardo Jesus é negligente e, por não resolver estes problemas e outros tantos, é culpado pelo insucesso, infelicidade e injustiça que existe na nossa RAM. Miguel Albuquerque é conivente com todas estas ações.
ISTO TEM DE MUDAR!
E já que o nosso queridinho presidente não quer sair do poleiro, ao menos que se mudem as regras do alojamento local. Barcelona já mudou. TERMINA EM 4 ANOS.
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 28 de junho de 2024
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