M uitos militantes do PPD e, por via do cartão laranja, funcionários públicos duma máquina que endivida os madeirenses terão ficado preocupados com as declarações do seu correligionário da saúde pública, tão assertivo no seu diagnóstico de que "o rei vai nú".
Temeram por uma purga nos organismos públicos ou na extinção de cargos iníquos.
Os que não se reviram na adjectivação (na boa linha do manual de acção psicológica militar executada por João Jardim contra os jornalistas: "falo em bastardos para não chamar filhos da p...") poderão ter chegado à conclusão de que o autor se estava a ver ao espelho ("chamo-te p... antes que me chames").
Para quem tenha a mínima noção dos direitos fundamentais inscritos na Constituição maçónica portuguesa de 1976 e do código maçónico do procedimento administrativo perceberá, pelo menos, 2 situações:
O artigo 13 da Constituição inscreve os princípios da igualdade e da não discriminação.
E os membros da administração pública são obrigados a um dever de imparcialidade e de isenção perante os particulares.
Percebendo isto, então a conclusão óbvia que, em qualquer Estado de Direito efectivo (e não aparente), teria consequências imediatas, era a de que Pedro Ramos não tem dignidade para ocupar nenhum cargo público.
Perdeu qualquer tipo de objectividade e, a exemplo dos telefonemas aos militantes a oferecer cunhas nas listas de espera do serviço regional de saúde, mostra que só governa para aqueles que digam amém aos seus dislates.
Talvez agora se perceba a razão pela qual, utilizando delegados de saúde (nomrados politicamente), muitos cidadãos tenham sido compulsivamente internados no hospício, só porque afrontaram o sistema.
Conheço dois casos: um deles pediu no Facebook a demissão do secretário da Educação: a sua conta de Facebook fora apagada e ele foi internado com uma assinatura do delegado de saúde, um tal de dr. Melim, sem que fosse por este observafo clinicamente.
O segundo caso foi o de um funcionário do aeroporto, perseguido por ter denunciado um esquema nas instalações do aeroporto (fechado na altura da pandemia), que eram usadas para filmes pornográficos, com receitas brutais a dividir por toda a estrutura.
Para todos os efeitos, ser internado no trapiche é passar a ter um rótulo na testa de louco ou, nas palavras de Ramos, de anormal.
É assim que, com a conivência da justiça e da imprensa controlada pelos oligarcas, se praticam assassinatos de carácter e se rebentam com qualquer estrutura familiar de quem não se cala perante as injustiças, negociatas e compadrios.
Aqueles que, em suma, não se conformam com a verdadeira "Loucura da Normalidade".
O PPD tinha este slogan (de inspiração verdadeiramente comunista, inspirado dos tempos do PREC, o da unicidade sindical): "uma só via: social democracia".
Pedro Ramos, o "novo normal", leva este slogan intimidatório à letra: "sabemos o nosso caminho", é o mesmo que dizer: sabemos a nossa via, uma só via, a social democracia.
Ou social-fascismo oligárquico, para os "anormais".
Apenas uma pergunta final: como podem ser incompetentes quem nunca governou e como pode ser canalha quem nunca esteve no poder para do mesmo fazer uso de modo a satisfazer os seus interesses pessoais, partidários e clientelares (ou oligárquicos)?...
Parece que, afinal, é a teoria do espelho a mais plausível... Mas tem de ser um grande espelho, atenta a dimensão e ego deste elefante da saúde numa loja insular de porcelana. Que não se enxerga nem tem o decoro suficiente para se afastar.
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