O financiamento público ao (novo) Jornal da Madeira (JM)


D esde 2009 que a empresa que detém o Jornal da Madeira embolsou dos contribuintes mais de 1 milhão e seiscentos e nove mil euros. O que representa uma média anual de 100.000 euros e, na "regência" do arguido (por corrupção) Albuquerque, tal média subiu para quase 157.000 ao ano.

Poderá ver na imagem que acompanha este artigo, dois quadros que resumem os montantes pagos anualmente a este órgão de (des)informação e o "ranking" das entidades públicas financiadoras (adjudicantes).

Assim se explica que, tal como no actual DN/Madeira, muitas notícias e artigos neste matutino sejam manifestos e tendenciosos "actos de propaganda", por parte de quem está no Poder, e ("follow the money") que a "imagem" (postiça) dos políticos que o detêm (em maior ou menor grau, consoante o galho ocupado nesta "aldeia dos macacos") assim como os seus "actos de gestão", não sejam escrutinados, muito menos questionados.

Poucos são os que "mordem a mão" que lhes dá de comer. Não será o caso do JM, "fiel amigo" desses homens. 

Na linha do que foi escrito no artigo de análise ao financiamento público do DN/Madeira (https://www.correiodamadeira.com/2024/06/associacao-somos-todos-bentley.html), uma vez que o Jornal da Madeira é, como se constatou com números e factos, altamente financiado com o dinheiro dos contribuintes - e dado que estes representam a totalidade do eleitorado - todos os Partidos políticos (mesmo os que não tenham assento parlamentar) devem ter o mesmo destaque jornalístico quando comunicam as suas mensagens e ideias. O estatuto e critério editoriais têm de respeitar, necessariamente os Princípios da Igualdade e da Não Discriminação (previstos no artigo 13.º da Constituição portuguesa).  

Após o escrutínio da imprensa escrita, com esta "brincadeira de jornalinhos" ou "jornalixo" (DN: 2,6 + o JM pós Igreja: 1,6) e como facto concreto (e oficial), vemos que os contribuintes desembolsaram mais de 4,2 milhões de euros desde 2009.

Enfim, para aqueles que não gostam de ler (comer) "palha", o que temos aqui é um caso de manifesto esbanjamento de dinheiro dos nossos impostos. Não há relação qualidade/preço que lhes valha. 

Até quando?

Notas finais: 

1. Ao contrário do Diário de Notícias, a Empresa que detém, na sua totalidade, o Jornal da Madeira não respeita a Lei da Transparência, omitindo quem é o seu sócio único (https://www.jm-madeira.pt/ficha-tecnica).

Onde anda a fiscalização da entidade reguladora da comunicação social (também paga pelos contribuintes)?

2. Agradeço ao Correio da Madeira a oportunidade de poder fazer este(s) escrutínio(s). E agradeço também a todos os outros autores que [independentemente do, normal e legítimo, grau de emoção que extravasa dos seus artigos: para os mal intencionados, os que beneficiam desta "podridão", será "maledicência" ou "ressabiamento"; mas, para os que, como eu, estão fartos desta pouca-vergonha, é um "grito de alerta", como cantaria Maria Bethânia] têm contribuído e realizado um efectivo serviço público informativo de qualidade, na esperança de "abrir os olhos" a uma maioria intoxicada por órgãos de informação manipulados pelos oligarcas, aos quais nada mais interessa senão manter os seus privilégios, monopólios e regalias. 

Um apelo: não deixem de escrever (e os que ainda não o fizeram façam-no), pois acredito no sábio ditado da "água mole em pedra dura", desde o "vale à montanha e do mar à serra, teu povo humilde, estóico e valente". Os chineses demoraram 100 anos para dominar (economicamente) o Mundo (daí a "paciência de chinês"). Nós apenas gastámos 48... temos ainda um crédito de 52 para mudar (para melhor) o nosso arquipélago.

Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 23 de junho de 2024
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