O problema não é o programa de governo, o problema é Albuquerque.


S e os partidos da oposição mantiverem a palavra dada na campanha eleitoral, (excepto José Manuel Rodrigues, por razões óbvias) o eventual apoio a um programa de governo do PSD implica que o arguido Albuquerque seja posto a andar da Quinta Vigia.

Como este disse em declarações na Assembleia Regional, a sociedade civil precisa de estabilidade. Ora, esta estabilidade (para 81 pessoas em cada 100 que não votaram PSD) não é necessariamente sinónimo de... Albuquerque (apesar deste armar-se em "paladino da estabilidade").

Mascarar um programa de governo com medidas de partidos da oposição é um "presente envenenado", de modo a colocar o ónus da sua não aprovação nestes partidos.

Mas a raiz do problema (e a razão primeira - e única - para a eventual não aprovação do programa de governo) tem um nome: Albuquerque.

Afinal, quem, no seu perfeito juízo (a não ser que já esteja corrompido), é que quer ter a liderar um governo alguém que seja arguido de um processo de corrupção? 

No caso da oposição, fica o recado: "diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és..."

Se o PSD quiser contribuir, verdadeiramente, para essa estabilidade, então que promova novas eleições internas ou, atento o timing actual, realize um conselho regional extraordinário. Por muito menos (e até com melhores resultados eleitorais, ainda que já em sentido descendente) Alberto João Jardim foi posto em causa.

Decerto ainda haverá militantes sem a mancha da corrupção e do compadrio ou participação em negócio(s). Mesmo que sejam agulhas num palheiro laranja. Não caiam é no erro de voltar às "licenças de pesca", às "facturas escondidas" ou às "marinas do lugar de baixo"...

Por fim, o programa de governo acaba por ser apenas um documento político, um processo de intenções, sem qualquer garantia de que, mesmo aprovado, venha a ser cumprido. A sua aprovação é simplesmente, um voto de confiança ao governo. 

Sendo um governo minoritário, o "normal" será não ter a confiança parlamentar. O contrário é que será uma efectiva "anormalidade", "incompetência" e "canalhice" para quem disse, nas urnas de voto, NÃO a Albuquerque.

Então não é o Povo quem mais ordena?... 

Até agora tem sido o polvo quem mais ordenha (o orçamento regional).

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 15 de junho de 2024
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