Vais para o Estado, se não correr bem... ficas no Estado


M uitos trabalhadores sabem que precisam, mais ou menos, de assegurar que não fazem nada de muito grave para não tropeçarem no desemprego. Os empresários, não os grandes, os pequenos e médios empresários sabem que se as coisas não correm bem, mais tarde ou mais cedo, ficam a arder. É preciso trabalhar para manter a caixa registadora cheia.

Nos políticos a coisa é de outra categoria: podes falhar à grande e se correr mal, tornas-te assessor da Empresa de Electricidade da Madeira. Foi uma corrida de muitos assessores Renovadinhos para entrarem nos quadros da Função Pública. A coligação estava a vacilar e é preciso assegurar o futuro. Não é preciso acertar, nem ter uma ideia. Muitas vezes nem sequer é preciso trabalhar. Basta ter um amigo ou um amante no Estado para ter emprego. E, ter emprego, não é a mesma coisa que trabalhar.

Jaime Filipe Ramos nunca trabalhou na vida, mas tem bons empregos. Ter dinheiro, ter cargos e responsabilidades não implica saber trabalhar. E há muitos meninos que nunca trabalharam na vida e acumulam funções. Aliás, há quem se envergonhe de trabalhar, considerado uma função das classes inferiores. Como na Grécia Antiga, o trabalho era para escravos. Nós somos como a Grécia Antiga na atitude em relação ao trabalho, mas sem filosofia, arte, poesia ou música.

Viram que esta Autonomia não tem um autor que seja? Um músico? Um poeta? Nada. Não há nenhum artista que cante a Autonomia. Zero. Um dos maiores poetas do país era madeirense, mas não escreveu um verso sobre a Autonomia. Pobre Autonomia, cheia de filhos do papá e da mamã, que não sabem patavina sobre coisa nenhuma.

A Madeira tem gente com talento, mas onde estão? Nos becos, nos cantos, nas curvas da Estrada de Santos. Há uma criatura que fez deste modo de vida uma arte. Ele faz promoções na horizontal, sempre que ganha uma amante esta acaba por ser promovida na Função Pública. Fez assim um harém de directoras regionais, assessoras, chefes de serviço, sei lá.

Não admira que o Estado pareça um bordel. Só que é um gado fraco. Muito pobrezinho. Que dá vontade de chorar. E os seus filhinhos e filhinhas acabam por ser filhos de uma prostituição sem arte.

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 19 de julho de 2024
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